sábado, 30 de março de 2013

O DILEMA GUINEENSE




Tendo passado as duas últimas semanas de Fevereiro em Bissau, é possível descrever e analisar o 1º trimestre de 2013 da seguinte forma:

a) O ano começou de forma optimista com a chegada do novo Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, José Ramos-Horta, o qual foi recebido como "um ilustre guineense que voltou a casa", nas palavras do Presidente Interino Manuel Serifo Nhamadjo. Ramos-Horta tem demonstrado um optimismo que por vezes parece desmesurado, nalgumas declarações que tem feito, como por exemplo a de que a "Guiné-Bissau é um país mais seguro da África Ocidental", numa conferência/encontro com os estudantes da Universidade de Bissau. Não deixa de fazer sentido o que diz, já que se anda à vontade pelas ruas, a qualquer hora do dia e da noite, sem qualquer problema, sendo o petty crime incomparavelmente muito mais pequeno que o grande crime!
b) Ramos-Horta também chega nos momentos em que (1) o PAIGC assina o Pacto de Transição e em que, (2) já toda a gente percebeu que o período dum ano estipulado para tal, terá inevitavelmente de ser prorrogado. Surgem aqui factos pertinentes a analisar.
A adesão do PAIGC ao referido Pacto, certamente que obrigará a uma remodelação governamental para breve, mantendo Rui Duarte Barros, como Primeiro-Ministro Interino.
c) Para a realização das eleições, o Governo de Transição comprometeu-se efectuar um recenseamento biométrico da população, para assim incluir cerca de 30% d'eleitorado que entretanto foi atingindo os 18 anos desde o último census, em Março de 2009, e aqueles que nunca tiveram um documento d'identificação. Ora tal, para que seja exequivel, não poderá ser efectuado durante a época das chuvas, entre fim de Maio e a primeira semana de Novembro, por via das ligações rodoviárias semi, ou não asfaltadas, entre a capital e o restante território. Há que acrescentar que este ano, já choveu em Janeiro, o que geralmente significa que a época das chuvas, poderá começar já em meados, ou no final do próximo mês.
Sobre o recenseamento, o PM Rui Duarte Barros, em entrevista ao Maghreb/Machrek, mencionou a existência de novos Centros Regionais para a Emissão do Bilhete d'Identidade Biométrico, os quais têm vindo a ser inaugurados em Bissau, Oio, Cachungo, Buba, Bafatá, Gabú, Mânsoa, Quinhamel, Ingoré e Bubaque. É verdade, a população já não terá que se deslocar a Bissau para tratar deste assunto. Mas será que se está a deslocar aos centros regionais, sem nenhuma campanha a decorrer, a qual sensibilize para a importância do individuo se tornar cidadão? O PM Duarte Barros mencionou uma campanha a começar dentro de 5 meses, a qual terá como objectivo o registo e a distribuição de Certificados de Nascimento a mães e crianças. Dentro de 5 meses, estaremos em plena estação das chuvas. Chegar-se-á às populações de rádio, mas estas terão dificuldade em chegar aos Centros Regionais!
Outro aspecto que levará o seu tempo e que parece já estar atrasado perante o calendário das chuvas, é o recrutamento e a formação de quem estará no terreno a recensear, para além de toda a logística necessária, como por exemplo carrinhas pick-ups, geradores a gasóleo, combustivel, computadores portateis, o periférico do portátil que imprime os cartões (15 mil dólares, 18 mil conjunto portátil/periférico), web cams, cartões, tonner e maletas forradas a esponja para os transporte seguro destes materiais frágeis. E quem paga tudo isto? O Governo de Transição já veio a terreiro dizer que não tem dinheiro para o fazer.
d) Ainda sobre eleições, o PR Nhamadjo afirmou em tom d'alerta, que se deveria começar a pensar seriamente na inevitabilidade de se ter d'extender o Período de Transição, por mais 6 meses, mas esta posição permitiu que outros sectores se manifestassem, sugerindo mais 1 ano e mais 3 anos. A necessidade, por exemplo, de se realizarem eleições autárquicas (nunca o foram, na RGB), só depois legislativas e só depois presidenciais, serviu de forte argumento a estes outros sectores. Os militares manifestaram d'imediato o seu apoio à proposta de s'extender o Período de Transição, por mais 3 anos.
Nhamadjo, ameaçou na semana passada, em tom grave, que se demitirá caso os guineenses não chegarem a um acordo até Maio, sobre as eleições. O cenário pode-se resumir de forma simplificadora, mas nunca simplista, num confronto existente entre 2 blocos. Dum lado o PR e o Parlamento, do outro o Governo e os militares.
e) Na 42ª Sessão Ordinária dos Chefes d'Estado da CEDEAO, realizada na capital política da Costa do Marfim, Yamoussoukrou, a 27 e 28 de Fevereiro, os assuntos principais na Agenda, eram o Mali e a Repúbica da Guiné-Bissau (RGB). Como nota d'enquadramento, já que na minha opinião a solução da questão Norte do Mali/terrorismo, estará sempre dependente duma resolução dos conflitos internos na RGB, ambos países têm governos provisórios, saídos de golpes d'estado.
Mali, necessidade de começar a trabalhar os mecanismos legais para num futuro próximo, transformar a intervenção militar da AFISMA*, numa Missão de Peacekeeping.
RGB, necessidade d'alargamento do Período de Transição até ao final do ano, decisão aliás também tomada para o Mali, o qual também deverá realizar eleições, para regressar a um registo constitucional normal e não d'excepção. Entretanto, desde o final de Fevereiro, até agora, estas sugestões tornaram-se oficiais e ambos os países comprometeram-se a realizar eleições, até 31 de Dezembro de 2013. Outra preocupação e apelo manifestados neste encontro, foi a necessidade de a Comunidade Internacional ter de finalmente reconhecer este Governo de Transição, para que possa ter meios para organizar eleições. Parece-me que neste âmbito, a "coisa" vai ter d'inevitavelmente abrir. O regresso do FMI, é já um claro sinal. O próximo dependerá dum reconhecimento dado pela União Africana, o que provocará muito provavelmente um reconhecimento em bloco dos restantes, com a CPLP naturalmente incluida.
Parece-me claro estar-se a desenhar uma abordagem regional congruente entre Mali e RGB, tema que desenvolverei em futuro texto.
O JULGAMENTO DO CAPITÃO PANSAU N'TCHAMA
Suposto cabecilha dum golpe militar em Outubro passado, está a ser julgado por atentado contra a Segurança do Estado e por traição à Pátria.
Quando foi ouvido, a 12 de Março, N'Tchama acusou o ex-CEMGFA Zamora Induta de o ter obrigado a perpretar a tentativa de golpe, sob o engodo d'ir à Gâmbia visitar a família, a convite deste (o Capitão vivia em Lisboa, existindo também uma versão que diz que nos últimos tempos, se teria mudado para Paris).
Pansau, acusou as autoridades gambianas de participação na operação, com conivência de proeminentes figuras políticas guineenses, de entre as quais se destacam Iancuba Indjai, da Frente Nacional Anti-Golpe, Óscar Barbosa, Marciano Silva Barbeiro, Tomás Gomes Barbosa, todos do PAIGC, Fodé Cassamá, militar na reserva e o então Secretário de Estado dos Combatentes. Distinguem-se também Mussa Djata, actual responsável do Pelouro e Silvestre Alves, advogado e líder do Movimento Democrático Guineense (MDG). Ainda numa das suas passagens, o Capitão fez referência a Domingos Simões Pereira, na altura Secretário Executivo da CPLP, com a missão de coordenar a parte política do acto, e Joseph Mutaboba, o último Representante do Secretário-geral da ONU em Bissau, afirmando que este último teria aconselhado Zamora Induta a escolher um oficial subalterno para dirigir a acção e não uma alta patente. Daí a razão da escolha ter recaído sobre o Capitão N'Tchama, apesar deste ter dito nas suas intervenções, que não foi o líder da operação.
Neste caso estão envolvidos cerca de 17 pessoas, incluindo o então Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Jorge Sambú.
Parece-me que o desenrolar deste julgamento, será decisivo para os posicionamentos, já aliás definidos por um Zamora Induta no exílio, um Bubo Na Tchuto em processo de reabilitação e que já disse que só o aceitará caso fique como CEMGFA e, um António Indjai cada vez mais rodeado de guarda pretoriana e niveis de segurança, bem demonstrativo das ansiedades do momento.
A 12 d'Abril, celebrar-se-á o 1º aniversário do golpe que colocou no Poder este Governo e este Presidente. E em Abril, já o povo diz , "Revoluções Mil"!


* African-led International Support Mission to Mali (AFISMA).


Raúl M. Braga Pires, 

 escreve de acordo com a antiga ortografia

EXPRESSO 


sexta-feira, 29 de março de 2013

OH MEU DEUS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

NAS MINHAS HABITUAIS RONDAS PELOS DIFERENTES BLOGS, DEI COM ISTO:


"O Progresso Nacional soube sobre fonte segura que o Grupo Malaika do
Sr. Braima Camará está a pagar os seguintes salários aos dirigentes do PAIGC
para o apoiarem:

1- Oscar Barbosa (vulgo Kankan), 3.000.000 xof  mensal.

2- Marciano Barbeiro, 2.500.000 xof mensal

3- Isabel Buscardini , 2.000.000 xof mensal.

4- Soares Sambú -- Recusou receber dinheiro mensal pelas relações de
parentesco que tem com o candidato. Contudo não tem poupado nas smolas
que tem de fazer cada semana

Estes salários começaram a ser pagos no mês de Janeiro de 2013"


OBRIGADO...


Mais de 40 mil pessoas da região de Cantanhez, parque natural no sul da Guiné-Bissau, vão beneficiar de um projeto financiado pela União Europeia na área do ambiente e melhoria de condições de vida.

Segundo a delegação da União Europeia na Guiné-Bissau, que apoia o projeto com 90 por cento dos 550 mil euros que lhe foram atribuídos, na sexta-feira é inaugurado o museu "Ambiente e Cultura", que pretende promover "uma melhor compreensão dos desafios ambientais" e aprofundar conhecimentos sobre diversidade ecológica e cultural.

O Museu, segundo um comunicado da União Europeia, faz parte do Centro Direcional para Estudos e Turismo, criado através de um projeto chamado Eco-Cantanhez e que tem a duração de três anos. Além da União Europeia, o projeto é financiado pela organização não governamental guineense Ação para o Desenvolvimento.

O Eco-Cantanhez abrange dois setores da região de Tombali (onde se insere Cantanhez), Bedanda e Cacine, num total de 43 mil pessoas. Vai, segundo a União Europeia, contribuir para conservar e proteger o equilíbrio de ecossistemas, aumentar a oferta turística do parque de Cantanhez e melhorar os níveis de segurança alimentar.

Pretende-se envolver as populações na criação de condições para que os turistas possam permanecer na região e tenham acesso a guias locais.

"A produção e transformação local de produtos típicos, como farinha de mandioca e óleo de palma, serão estimuladas permitindo que o valor acrescentado permaneça nas tabancas (aldeias), fomentando assim a criação de emprego", diz o comunicado.

O AMIGO CHINÉS...






...A cooperação chinesa ofereceu à Guiné-Bissau um Parlamento e um Palácio do Governo e está a reconstruir a Presidência, tendo gasto, só em obras nos primeiros dois, 24 milhões de euros.

Além da oferta da construção de dois dos três edifícios símbolo da República, a cooperação chinesa ofereceu todo o recheio, de secretárias a cadeiras, de computadores a impressoras, de sofás a geradores e aparelhos de ar condicionados.

No Palácio do Governo, inaugurado em 2010, continua ainda hoje a ser a China quem dá manutenção aos equipamentos e ao edifício.
No Palácio do Governo, perto do aeroporto de Bissau, estão sedeados sete Ministérios e quatro secretarias de Estado. Foi construído em 18 meses e tem três grandes edifícios, de primeiro andar, com um total de 256 gabinetes, sem contar com as salas de reuniões, uma delas com capacidade para mais de 100 pessoas.

No centro da cidade fica o Palácio Colinas de Boé, em homenagem à localidade onde foi proclamada a independência da Guiné-Bissau a 24 de setembro de 1973. É, desde 2005 (inauguração), a Assembleia Nacional Popular (ANP), com um bloco central e dois pavilhões anexos, 84 gabinetes e a sala de sessões com 209 lugares (os deputados são 100). Além do bloco central onde funciona o plenário, o segundo bloco (ala sul, ou bloco político) alberga os gabinetes dos líderes parlamentares e assessores e as comissões. Na ala norte, ou bloco administrativo, ficam os gabinetes dos funcionários administrativos, 115 entre efetivos, contratados e em comissão de serviço.

Ao contrário do Palácio do Governo, a conservação do parlamento (que até tem consultório médico e restaurante) está a cargo dos guineenses. Os chineses ofereceram também dois potentes geradores que regra geral não funcionam por falta de verbas da ANP para comprar gasóleo.

Em vias de conclusão, também pelos chineses, está o terceiro edifício emblemático de Bissau, o Palácio da Presidência da República, bombardeado no último dia da guerra civil de 1998/99.

Pelo caminho ofereceu ainda um hospital militar com 200 camas e que custou cerca de nove milhões de euros e reabilitou o Estádio Nacional (assaltado uma semana depois de ter sido entregue).

Na Guiné-Bissau, como noutros países africanos de expressão portuguesa, a China gosta de oferecer edifícios símbolo (em Cabo Verde construiu também a Assembleia e o Palácio do Governo e em Moçambique o Estádio Nacional, por exemplo), grandes e bem visíveis.

OBRIGADO, MUITO OBRIGADO...CHINA.

44 MIL DÓLARES PARA A MISSÃO DA CEDEAO NA GUINÉ-BISSAU




O Japão doou US$ 44,8 mil dólares à Missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), na Guiné-Bissau - ECOMIB, anunciou quinta-feira a Comissão da CEDEAO.

A comissária da CEDEAO para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança, Hussaini Suleiman Salamatu, reiterou o compromisso da organização sub-regional oeste-africana de trabalhar para o sucesso da ECOMIB.A subvenção será utilizada para a eletrificação do hospital de nível 2 na Guiné-Bissau que se ocupa do pessoal da CEDEAO presente na sede da ECOMIB bem como das populações locais.





quarta-feira, 27 de março de 2013

OPINIÃO




Por vaidade calada fingimos não lembrar do bom que fomos, do bem que fizemos quando publicamente se os refere. Por inconveniência primária, nem sequer politicamente é correcto associar as desgraças presente das ex-colónias em luta para se afirmarem como Estados modernos, aos inumanos crimes cometidos pelos colonialistas. Ou seja, os "descobridores" cometeram a “ heróica” e “distinta” façanha de “dar novos mundos ao mundo”, e é pecado dizer que para conseguirem isso, “subdesenvolveram” os tais “novos mundos”, cometendo para essas conquistas, o extermínio até de civilizações inteiras, que muitas delas, em muitos domínios eram mais avançadas que as suas. Quando sem complacência se referem de forma pretensamente critica, condenatória, atingindo por vezes raias de aberta intenção de humilhar as sociedades subdesenvolvidas por eles;

dá a impressão que (no caso da Guiné-Bissau), após termos posto fim a quase cinco séculos de sistemática tentativa de domínio efectivo e definitivo do nosso país e povo, herdamos do regime colonial um Estado moderno e de direito democrático, que desde então estamos a destruir. Quando se ofendem por em quarenta anos de Estado ainda termos oficiais analfabetos, esquecem-se que os tiveram nas componentes africanas das suas forças, derrotadas pelos nossos guerrilheiros analfabetos. Quando em uníssono com as suas antenas locais, tratam de apregoar que em quarenta anos, apenas conseguimos construir um Estado falhado, narco-Estado e, quando nos dias de hoje, com quase mil anos de existência, se lhes ouvi dizer que há que reformar (refundar) o seu Estado, que virou colónia duma austera tróica, dão-nos a compreender o ridículo que é pretender divorciar-se da historia própria e admitir-se juiz de sua vitima.

Caracterizando de forma genérica as correntes de opinião dominantes no decurso desta transição, constato que se mantém e se agudiza o confronto entre os que preferem não um Estado soberano, mas uma colónia “branqueada” e os que querem a construção de um Estado soberano, moderno e democrático. Dos “branqueadores” até já se ouviu que “no tempo do tuga era melhor”. Mas felizmente, de ninguém desse grupo se ouve dizer que Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Samora Machel, Aristides Pereira e Alda Espírito Santo ficaram na história como “terroristas”, tal como os seus não distantes predecessores os consideravam. Hoje igualmente, nem lá nem cá, alguém se atreve a considerar “traidores” os Capitães de Abril. Isso consola os patriotas guineenses, angolanos e portugueses, nomeadamente, que não confundem regimes com povos.

A demonstrar que no palco da história também sucedem comédias, é da parte dos “branqueadores” que mais ruído há para que hajam eleições justas, livres e democráticas o mais brevemente possível, no “seu” “narco” e “falhado Estado”. Mas, paradoxalmente, via “Comunidade”, mais têm feito para manter a transição que para a realização de eleições. Se a “Comunidade” não tivesse preferido fazer valer os mal disfarçados projetos expansionistas e neo-colonialistas de uns dois ou três dos seus membros e tivesse compreendido o seu dever e papel para que conseguíssemos sair deste fado da transição antes de Maio próximo, o seu representante não viria encontrar a Guiné-Bissau numa transição prorrogada.

Aconteçam como acontecerem, o certíssimo é que os observadores internacionais vão considerar as próximas eleições, “justas, livres e transparentes”. Outra certeza, é que após as eleições, a comunidade internacional vai observar como sempre o fez, Deputados semianalfabetos e analfabetos a dominarem o parlamento, porque tudo vai acontecer pela mesma, vetusta e caricata lei eleitoral que permitiu esta situação que julgo única no século 21, em que alguém vota uma lei que não consegue ler, ou compreender. Vai assistir, impávida e serena, à nomeação também, de Ministros semianalfabetos e analfabetos, porque compromissos eleitorais obrigam a pagos com cargos públicos. Vai testemunhar, sem pestanejar, à nomeação também ao Conselho de Estado, de semianalfabetos, analfabetos, porque tal função é suficientemente banal para servir para compensar outros tantos deficitários em termos de competência, porque compromissos eleitorais obrigam. Vai observar com indiferença, a recondução das chefias militares. Vai acompanhar mais um realinhamento de forças partidárias na administração pública, porque quem ganha as legislativas deve partidarizar o aparelho, mesmo que para isso tenha que sacrificar provadas competências a favor de incompetentes, porque isso virou costume com valor de norma. Vai saber de solicitações de agréments para novos diplomatas, muitos dos quais nem sequer imaginam o que implica tal função, porque isso é de tal modo banal que pode servir de tacho para um ou outro correlegionário  Vai ter em todos os países em que haja emigrantes guineenses, a continuidade da sua exclusão do processo eleitoral, porque se teme a qualidade do seu voto. Vai aceitar como nada, a não existência de poder local eleito, porque nas nossas regiões é-se sub-cidadão e não cidadão com direito a eleger quem na sua comunidade considera capaz de a dirigir. Vai aplaudir a transição da impunidade a novo mandato e mandantes democraticamente eleitos. Enfim, a comunidade internacional, vai abrir a bolsa para apoiar a tudo e todos, porque foram legitimados por eleições para exercerem democracia, com semianalfabetos e analfabetos à mistura. A comunidade nacional, civil, não vai desfazer a mochila, porque tem por mais que certo que, com a mesma estrutura e gente, nada nem ninguém que elege chega a fim de mandato (gato escaldado..).

O pior de tudo, é que a cada dia que passa nos aproximamos mais da exploração dos nossos recursos.

Se fizermos atenção, mesmo que superficialmente, à prestação de todos os partidos políticos nesta transição, até aqui, constataremos que nenhum cede um milímetro a favor de reais interesses do país. Por exemplo, nenhum, mas nenhum deles vai levantar um dedo para que se reveja a Lei Eleitoral, se realize algumas mudanças e se defina novos critérios de elegibilidade, que vedem o acesso à mediocridade aos órgãos de soberania. Isso se compreende sem esforço. É que, nada importa que se eleja semianalfabetos e analfabetos para que as eleições sejam consideradas “livres, justas e transparentes”, por um lado. Por outro, os golpes, em boa verdade, nunca prejudicaram de modo significativo os interesses dos partidos, em termos de controlo do poder e delapidação dos nossos magros rendimentos. Sempre foram coniventes ou cúmplices. Após os golpes, sempre foram chamados a restabelecer o poder. Assim sendo, para quê mudar?

Mas, lá diz o ditado português: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

Ernesto Dabo, in GAZNOT

PARA OS INCRÉDULOS: PORTUGAL AJUDA SIM





A Cooperação Portuguesa na Guiné-Bissau financiou a reabilitação e ampliação da escola para cegos de Bissau, um projecto que custou 231 mil euros e que vai servir mais de cem alunos.
O apoio, através do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, permitiu a reabilitação de três salas de aula e respectivas instalações sanitárias e a construção de outras tantas salas e mais cinco sanitários.
Segundo fonte da cooperação portuguesa, foram ainda construídos mais quatro gabinetes de direcção, duas oficinas de formação profissional, uma cozinha, entre outras estruturas de apoio, numa área de cerca de 400 metros quadrados.
Portugal ofereceu também mesas e cadeiras para as salas de aula.
A ‘Escola Bengala Branca’ pertence à
Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos Cegos - AGRICE, que faz parte de 18 associações da sociedade civil que integram a Rede de Protecção Social da Guiné-Bissau, apoiada pela Cooperação Portuguesa.

REGRESSO DE PARCEIROS DA GUINÉ BISSAU DEPENDE DAS AUTORIDADES GUINEENSES



A embaixadora do Brasil na ONU defendeu que as autoridades da Guiné-Bissau terão de dar "passos decisivos" para que alguns dos principais parceiros do país retomem a cooperação, suspensa desde o golpe militar de 2012.
"O golpe de Estado (de abril de 2012) neutralizou os esforços e minou a confiança de parceiros internacionais chave", disse a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti na Assembleia Geral da ONU.
"Esperamos que sejam dados passos decisivos na Guiné-Bissau para permitir a reposição da cooperação internacional com o país", adiantou a diplomata, que preside à Comissão para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau.



NÃO PODERÁ HAVER MAIS DEFERIMENTO DO PRAZO DAS ELEIÇÕES



terça-feira, 26 de março de 2013

COMO É QUE É???


A Organização das Nações Unidas (ONU) disse hoje na Suíça que foi forçada a adiar o envio de ajuda alimentar para cerca de 300.000 pessoas na Guiné-Bissau, devido à falta de fundos para custear a operação.

LUSA

APOIO DE BURKINA FASO



O Chefe do Estado-maior do Exército da Guiné-Bissau, António Indjai esteve recentemente em Burkina Faso a convite do chefe de estado Burkinabe, Blaise Compaoré, para solicitar o apoio deste país francófono às Forças Armadas guineenses.
Segundo um alto responsável do estado-maior que falou hoje, disse que durante o encontro, o chefe de estado-maior, António Indjai pede o apoio para a “reforma nas forças armadas bem como para a reabilitação dos quartéis”.
A mesma fonte adianta ainda que foi solicitado também uma ajuda ao chefe de estado Burkinabe, para “fornecimento de géneros alimentícios” ao exército guineense, tendo em conta as dificuldades com que se depera o país.


RSM

" UM PIS CU TA DANA CAMBUA ...PA BIA DI UM, TUDU TA PAGA "

PARTIDU DI AÓS

DIZ-SE QUE... PORTUGAL


O MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DE PORTUGAL, IMPEDIU UMA DOAÇÃO DE TONELADAS DE MEDICAMENTOS PARA A GUINÉ-BISSAU.
SEGUNDO A NOTÍCIA, OS MEDICAMENTOS FORAM ANGARIADOS PARA AJUDAR AS VITIMAS DE CHEIAS, EM MOÇAMBIQUE PARA ONDE CONCLUIU-SE QUE SÓ ERA NECESSÁRIO UMA TONELADA DAS 3 RECOLHIDAS. O REMANESCENTE SERIA DISTRIBUÍDO PARA UM GRUPO DE PAÍSES QUE CONSTAM DE UMA LISTA ANTERIORMENTE ELABORADA DA QUAL A GUINÉ BISSAU FOI... EXCLUÍDA.
SEGUNDO A MESMA NOTÍCIA, O MINISTÉRIO DE PAULO PORTAS INVOCOU A "
INCONVENIÊNCIA POLÍTICA " PARA ARGUMENTAR E SUSTENTAR A TAL DECISÃO.


A SER VERDADE ESTA NOTÍCIA, QUAL DEVERIA SER A REAÇÃO DAS AUTORIDADES GUINEENSE????
-TRABALHAR, TRABALHAR E... TRABALHAR, PARA NÃO PASSAR POR ESTAS HUMILHAÇÕES E ANDAR COM OS NOSSOS PRÓPRIOS PÉS.


segunda-feira, 25 de março de 2013

UNIÃO AFRICANA DETERMINADA EM AVANÇAR COM A REFORMA DO EXÉRCITO GUINEENSE



O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou, esta segunda-feira (25), que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano".

"Esta reforma é possível. Ela deve ser feita no interesse do país e os militares guineenses devem compreender que ela não é dirigida contra eles”, afirmou o ex-ministro santomense dos Negócios Estrangeiros.

A Guiné-Bissau é palco de golpes de Estado repetitivos e de revoltas militares desde a sua independência em 1974, e é atualmente dirigida por um regime de transição instalado após o golpe de Estado militar que destituiu em abril de 2012 o poder civil.

"Isto deve cessar, os militares devem voltar definitivamente aos seus quartéis. Apenas a este preço poderá ser construído um Estado republicano. A UA e o resto da comunidade internacional estão prontas para ajudar os guineenses a livrar-se desta situação”, disse Ovídio Pequeno.

Enquanto uma reforma do Exército bissau-guineense está programada sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) , o processo enfrenta dificuldades para ser lançado devido à hostilidade de vários oficiais.

O Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, recebeu recentemente em Ouagadougou o chefe do Estado-Maior do Exército bissau-guineense, António Indjai, para exortar a hierarquia militar a aceitar a reforma dos setores da defesa e da segurança.

DESNUTRIÇÃO


A desnutrição afeta mais de 170 mil crianças da Guiné-Bissau, segundo o último inquérito realizado, disse hoje o diretor geral de Prevenção e Promoção de Saúde, que fala de falta de alimentos mas sobretudo de más práticas.
Umarú Ba falava à agência Lusa no âmbito de uma formação sobre desnutrição aguda em Bissau destinada a enfermeiros, médicos, diretores regionais de Saúde, organizações não governamentais e entidades religiosas.
Na Guiné-Bissau, segundo o último inquérito, realizado em 2012, "há uma prevalência de má nutrição nas crianças até aos cinco anos de 6,5 por cento e isso é preocupante para nós, temos de trabalhar muito", disse o responsável.

DISTO, ESTAMOS FARTO...

BUBO NA TCHUTO

sexta-feira, 22 de março de 2013

PAÍSES DE RICOS POLÍTICOS ELEVADOS


A Guiné-Bissau é o país lusófono com maior risco político seguido de Angola, indica uma classificação agora divulgada pela gestora de risco e corretora de seguros Aon.

No ranking da Aon para mercados emergentes, a Guiné-Bissau surge entre os países de risco político "muito elevado", devido ao golpe militar de 2012, para além de ter 80 por cento da população abaixo da linha de pobreza.

Com um risco político considerado "médio-elevado", Angola "tem como particular fonte de incerteza os assuntos relacionados com a sucessão presidencial".

Para a Aon, as receitas orçamentais angolanas continuam vulneráveis a oscilações do preço do petróleo, o que limita a capacidade do governo para responder a choques.

Refere por outro lado que e a economia não-petrolífera "continua marginal", penalizada por "infra-estruturas pobres", "melhoradas apenas em parte pelos fortes investimentos chineses". Salienta ainda os riscos legais e regulatórios elevados.

"A elite política do regime angolano exerce um alto nível de controlo económico e a falta de mão-de-obra qualificada, corrupção, nepotismo e burocracia torna dificil o ambiente de negócios desafiante, com o acesso a capital ainda limitado e caro", adianta ainda o relatório.

Para além disso a prejudicar a posição angolana está ainda a "fraca" coesão social, devido a "divisões étnicas e tribais", e negligencia do interior do país, com a riqueza concentrada em Luanda.

VOA

quarta-feira, 20 de março de 2013

JOVENS SAEM A RUA EM BAFATÁ...



Jovens da cidade de Bafatá, leste da Guiné-Bissau, manifestaram-se hoje nas ruas contra a destruição da floresta, que dizem ser incalculável, e exigiram o fim da exportação de madeira e medidas por parte do Governo.
A manifestação não foi autorizada pelo Governo da região mas mesmo assim muitas dezenas de jovens desfilaram pelas ruas e entregaram pedidos de ajuda no quartel militar, na polícia e no Governo, para que parem com a devastação florestal.


O POVO É QUEM MAIS ORDENA


As autoridades de transição da Guiné-Bissau estão a adiar as eleições gerais no país de forma "deliberada", para se manterem no poder, criticam treze organizações da sociedade civil guineense.
As organizações sugeriram esta terça-feira (19.03.2013) um calendário para o período de transição na Guiné-Bissau, que prevê a marcação de eleições até ao fim de março e ainda a realização do escrutínio em novembro. Segundo a sociedade civil, o atual Governo de transição está a agir fora do seu âmbito de competência.
"A transição em curso não deve ser considerada como um processo que visa resolver todos os problemas de instabilidade política na Guiné-Bissau", disse Cadija Mané, coordenadora da Casa dos Direitos de Bissau, que apresentou o calendário numa conferência de imprensa na capital, Bissau.
"Qualquer transição não passa de um programa de emergência e de execução imediata, mas os problemas que estão a ser equacionados pelos órgãos de transição são estruturais – nomeadamente, a revisão constitucional, as eleições autárquicas ou, por exemplo, as reformas no aparelho do Estado." Segundo Mané, estas são questões que deviam ser resolvidas não pelo Governo de transição, mas a "médio e longo prazo".

PARA UM BOM ENTENDEDOR: 

O POVO É QUEM MAIS ORDENA DENTRO DE TI, Ó CIDADE...ZECA AFONSO - MÚSICA POPULAR PORTUGUESA.



PERSEGUIÇÃO E INTIMIDAÇÃO DOS JORNALISTAS



O Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) denunciou que, nos últimos tempos, os jornalistas de diversos órgãos têm sido alvo de intimidação e de perseguição, devido à abordagem de assuntos considerados «delicados» por alguns quadros políticos, judiciais e da sociedade castrense.
Em comunicado de imprensa, a organização condenou com veemência a postura assumida pelo Governo de Rui Duarte Barros(Primeiro Ministro do Governo de Transição).
O SINJOTEC alertou a opinião pública nacional para este facto, nomeadamente o Movimento da Sociedade Civil, a Liga Guineense dos Direitos Humanos e a Confederação Geral de Sindicatos Independente da Guiné-Bissau.
O órgão dirigiu também a mensagem à comunidade internacional, particularmente ao Representante do Secretário-Geral da ONU no país, à CEDEAO, à União Africana (UA), União Europeia (UE), CPLP, Federação Internacional de Jornalistas, à Organização Repórteres Sem Fronteiras e à União de Jornalistas da África Ocidental, referindo que a liberdade de imprensa está a ser ameaçada na Guiné-Bissau.
O sindicato disse
registar com estranheza e indignação a atitude do Governo de transição, em mandar suspender a cobertura jornalística dos repórteres dos órgãos públicos, acerca das actividades dos candidatos à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), nomeadamente Domingos Simões Pereira, a 14 de Março.
Na missiva datada de 20 de Março, a organização sindical citou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Porta-voz do Executivo, Fernando Vaz, que, na altura, disse não se tratar de censura mas da aplicação da lei, que não prevê campanha ao nível interno e não admite tempo de antena a candidatos à liderança dos partidos políticos, nos órgãos públicos da rádio e televisão.
O SINJOTEC considera que estes argumentos
carecem de fundamentos e demonstram uma certa «intolerância» no pluralismo de ideias, por parte do Executivo.
A organização defensora da classe informou ainda que a posição do Governo revela uma clara tentativa de interferência do poder político nos órgãos de comunicação estatais e que não passa de um atentado à liberdade de imprensa e ao direito de informação.

POUCA VERGONHA TEM LIMITES...BASTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

terça-feira, 19 de março de 2013

ONU começou hoje a avaliar como pode ajudar a Guiné-Bissau a voltar à normalidade


A ONU começou hoje a avaliar como é que as Nações Unidas podem "de forma concreta ajudar" a Guiné-Bissau a voltar a ter "uma vida normal" e promete deixar recomendações dentro de duas semanas.
A missão técnica da ONU reuniu-se hoje com o Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, explicando depois aos jornalistas que uma das prioridades da missão é ver junto dos parceiros nacionais e internacionais e da sociedade civil "quais são as prioridades e qual a situação" da Guiné-Bissau.
Bruno Mpondo-Epo, diretor da ONU para África e chefe da missão, disse aos jornalistas que está na Guiné-Bissau a pedido do Conselho de Segurança das Nações Unidas e lembrou que há um novo representante especial para o país, José Ramos-Horta, que tem a missão específica de ajudar o país "a ultrapassar a crise atual e regressar à ordem constitucional".

LUSA

A NOSSA GUINÉ E A SUA IMGEM

A prestigiada revista americana Forbes, num artigo assinado por um editor e uma antropóloga, disserta sobre a necessidade da Guiné-Bissau retificar rapidamente a imagem que tem junto da comunidade internacional.

Apesar do potencial em recursos naturais como a castanha de caju, a instabilidade política e militar tem impedido o país de se desenvolver. Uma mudança de atitude dos parceiros externos pode ajudar a mudar o rumo dos acontecimentos.



OPINIÃO


Isto é assim. Há vários problemas no país mas a gente já descobriu como resolve-los. É chamar a comunidade internacional, pois, como sempre disse, as soluções internas há muito que estão esgotadas pelo que o caminho, mais cedo ou mais tarde, terá que ser chamarmos os de fora (estrangeiros) para virem ajudar-nos a apagar o fogo que, de forma consciente ateamos à nossa palhota.
O meu amigo/jornalista, Ricardo André Líder, da Rádio Galáxia de Pindjiguiti, tem enunciado uma serie de problemas que, a seu ver, deveriam fazer parte do rol de assuntos que iríamos entregar à dita comunidade internacional e eu, por gostar da ideia, quero partilhar a visão do André Líder com os meus leitores deste espaço.
Diz o André Líder que não devíamos matar a cabeça a magicar soluções porque a comunidade internacional irá resolver tudo. Diz ele e eu cito, se a porta da sede da administração (entenda-se sede do Governo local) numa terriola qualquer estiver quebrada, não há problema, o administrador que não se preocupe pois a comunidade internacional virá conserta-la.
Se os semáforos que foram colocados há pouco mais de um ano na estrada principal de Bissau teimaram em cair todos os dias, atropelados por condutores embriagados, também não há crise, a comunidade internacional virá reabilita-los.
Que os ladrões deviam continuar a tirar os equipamentos colocados no Estadio Nacional 24 de Setembro porque a comunidade internacional estará aqui na próxima semana para recolocar os materiais roubados.
Que os professores podem continuar a fazer greves, que o Governo pode continuar a insistir em não os pagar porque a comunidade internacional trará ‘taco’ para liquidar todas as dívidas, as verídicas como as imaginárias.
Que a EAGB (Empresa de Electricidade e Aguas da Guiné-Bissau) pode não se preocupar em dar energia à malta, mesmo sabendo que a gente compra electricidade pré-paga mas sem ter a corrente em casa. A EAGB que não se rale porque a comunidade internacional (pasme-se a ONU!) está a colocar nas ruas de Bissau candeeiros alimentados com o sol (sic!!!).
Os chineses estão a desmatar de forma desalmada a nossa floresta (uma das poucas riquezas que ainda sabemos que existe, pois do Fosfato, do Bauxite e do Petróleo só ouvidos falar nas rádios), não há problema, a comunidade internacional virá reflorestar o nosso mato.
A malta quer ir ao Mundial de futebol em 2014, no Brasil, mas ainda nem sequer tem uma seleção formada. Não é grave, a comunidade internacional votará na ONU e decretará que a Guiné-Bissau irá estar no Copa do Brasil sem ter jogado as eliminatórias. É tudo simples.
Já agora, pergunto eu a minha cabra (animal) perdeu-se-me por aí, o que é que eu faço? Posso esperar que a comunidade internacional me traga uma outra cabra ou fico a aguardar que me encontre a bicha (salvo seja) desaparecida?
É que estou desesperado e creio que a comunidade internacional, já que está aí para resolver todos os problemas dos guineenses, não me vai deixar ficar mal….
Mantenhas.
P.S.: o texto foi escrito à base do humor guineense.
MUSSA BALDÉ, IN GBISSAU.COM

quinta-feira, 14 de março de 2013

PALHAÇADA...

ACREDITEM MESMO NISSO????     PAREM DE BRINCAR COM A PACIÊNCIA DO POVO GUINEENSES, COM DESCULPAS DE MAU PAGADOR:


O capitão do exército da Guiné-Bissau Pansau N'Tchama, que está a ser julgado por tentativa de assalto ao quartel dos comandos, disse no passado 13 de Março, que foi "mandado executar aquela missão" pelo ex-Chefe das Forças Armadas Zamora Induta. Pansau disse ter sido "usado por uma operação" que, nas suas palavras, foi planeado por Zamora Induta a partir da Gâmbia e que consistia em "repor a ordem constitucional" na Guiné-Bissau "formar um Governo de unidade nacional" e "refundar as Forças Armadas". Segundo o próprio, estas afirmações servem para confirmar o que já havia dito à promotoria da justiça.


TAMBÉM LI NUM BLOG, O SEGUINTE COMENTÁRIO:


Senhor General António Indjai,
Os guineenses querem acreditar em si, por tudo quanto fez para impedir o projecto neocolonial de transformar o nosso país numa feitoria de estrangeiros com seus agentes internos. Agradecemos muito o seu papel na defesa externa do país, da nossa economia e da nossa sociedade.
Mas, Senhor General António Indjai, queremos uma atitude completamente correcta da sua parte no que toca também com a realidade interna,
que entregue os criminosos à Justiça, nomeadamente Pansau Intchamá, para ser julgado.
Estamos cansados de ver o Pansau Intchamá a divertir-se todos os dias à noite na cidade de Bissau, com muito dinheiro, o que é um insulto à soberania nacional, à democracia, aos direitos humanos e ao sangue dos que assassinou e roubou como um vulgar bandido. De manhã, estamos cansados de o ver a passear livremente no Quartel da Marinha de Guerra e a divertir-se com os outros militares, que representam e devem representar exactamente o contrário do que é Pansau Intchamá.

...

Seja coerente até ao fim! Ou vamos ter de pensar que Pansau Intchamá está a ser guardado para continuar a ser usado como assassino a soldo dos dirigentes do Estado contra os da oposição que tenham a coragem de denunciar os abusos do Estado. Não lhe ficaria bem nem lhe seria bom perder a confiança dos que hoje o respeitam e defendem o seu nome!


GENTE, NÃO DEVEMOS DEIXAR SER ENGANADOS, ISTO TÁ TUDO BEM MONTADO.

quarta-feira, 13 de março de 2013

VIII CONGRESSO DO PAIGC : QUEM ASSUMIRÁ A PRESIDÊNCIA DO PARTIDO DE CABRAL? ???


Até esta data, já formalizaram a candidatura à liderança do PAIGC Aristides Ocante da Silva, Braima Camará, Carlos Gomes Júnior, Domingos Simões Pereira, José Mário Vaz e Vladimir Deuna.




JOSÉ MÁRIO VAZ

O antigo ministro das Finanças da Guiné-Bissau José Mário Vaz apresentou-se quinta-feira como candidato à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para "ganhar o partido" e "ser primeiro-ministro".

José Mário Vaz que era o ministro das Finanças do Governo de Carlos Gomes Júnior deposto no golpe de Estado de Abril de 2012 disse que quer ser presidente do PAIGC para continuar "a servir o país", que precisa "do esforço de todos".

Manifestou a sua vontade de continuar ao serviço da Guiné-Bissau, reconhecendo o desafio que espera pela frente na disputa com outros candidatos, tendo sublinhado que existem grandes desafios, nomeadamente a organização interna do partido e o crescimento da economia da Guiné-Bissau, bem como o combate ao desemprego nas camadas jovens.

Além de ganhar a presidência, no congresso do partido marcado para Maio, José Mário Vaz quer depois ganhar as próximas eleições legislativas para ser primeiro-ministro e implementar um programa que assenta em cinco pilares: arroz, caju, riqueza do mar, água e rede eléctrica.

"Durante esses anos todos vim acumulando experiência e estou em condições para poder continuar a ajudar o meu país, apresentando a minha candidatura à liderança desse grande partido", disse José Mário Vaz, empresário e licenciado em Economia, em Portugal.

O ex-ministro afirmou-se inocente e sobre o caso, que está em segredo de justiça, nada mais se soube.

Defendeu que o objectivo da sua candidatura à liderança do PAIGC, visa «dar felicidade» ao povo guineense.

"Candidato-me porque sou um homem feliz. Trato bem a minha mulher e os meus filhos, somos uma família feliz e quero que outras famílias também o sejam", disse.

O candidato à liderança do PAIGC sublinhou que «sou feliz, vivo feliz, porque é que não posso partilhar esta felicidade com outras pessoas? Gostaria que fosse mesmo extensível a todos», referiu.

José Mário Vaz mencionou também algumas situações que deverão ser resolvidas para a afirmação do PAIGC, que passam pela reconciliação da base do partido com os responsáveis máximos, pela situação financeira e pelo consequente desenvolvimento do país: «A base e o topo não falam a mesma linguagem».

Se ganhar propõe-se "reconciliar a família PAIGC", fazer o saneamento das finanças do partido e criar uma empresa para gerir os rendimentos e fazer uma inventariação do património do PAIGC. Disse acreditar nos seus apoiantes e, consequentemente, na sua eleição.

«Se não houver reconciliação na família PAIGC, vamos ter problemas sérios. Cada um de nós deve contribuir para esta reconciliação», apelou o candidato.

A partir de agora, afirmou, vai começar a campanha para o congresso marcado para Maio, que classifica desde já de interessante, porque os candidatos são todos "jovens e esclarecidos".

Relativamente ao funcionamento da Administração Pública, classificou o Estado guineense de «atrevido», que desconhece a sua área de actuação.

«O Estado da Guiné-Bissau não conhece o seu lugar, é desorganizado e incompetente», referiu.

José Mário Vaz afirmou que, em caso de derrota, vai aceitar os resultados da votação, tendo lembrado que as situações de género têm gerado polémica em ocasiões semelhantes.

Depois do golpe viajou para Portugal e regressou recentemente à Guiné-Bissau, onde o Ministério Público o mandou deter durante dois dias a propósito de um alegado desvio de dinheiros.



DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

Domingos Simões Pereira defende que a sua candidatura à Presidência do PAIGC visa responder a vários problemas presentes na sociedade guineense. Fala sobre a situação política guineense, o seu projecto de candidatura a liderança do PAIGC e a sua visão de futuro para o pais.
Em declarações à imprensa o ex-secretário Executivo da CPLP, chama a atenção dos guineenses ao facto de que a sua candidatura não visa obter qualquer «emprego», mas sim trabalhar em prol da melhoria da situação do país.
“Tentei demonstrar que não somos um caso especial, apesar da gravidade e que existem referencias mundiais que nos podem servir. Contudo, fazer as escolhas certas só dependem de nós”, informa Domingos Simões Pereira na sua página pessoal no Facebook, avançando ainda que “a minha candidatura é um corolário normal do meu percurso político e de militância no PAIGC. Após 33 anos de militância, o conhecimento e a experiência acumulada me asseguram ter algo a partilhar.”
Em relação à sociedade guineense, o candidato disse que o exercício que lhe é pedido visa a protecção daqueles que têm pior argumento, tendo frisado que existem gravíssimos problemas de confiança no seio da população guineense.
O ex-secretário Executivo da CPLP afirmou que os cidadãos estão com mais atenção em «separar os santos dos diabos», dando como exemplo o que acontece em algumas instituições públicas, como o caso da venda de terrenos na Câmara Municipal de Bissau, e o que se passa no Ministério das Pescas.
Domingos Simões Pereira interroga-se sobre os motivos que levam ao levantamento destas questões apenas quando acontecem situações fora do normal e não quando o país atravessa momentos estáveis.
Para isso, Domingos Pereira acredita dispor dos requisitos da integridade moral, de competência e de um projecto de sociedade.
“Sobre este último, falei das reformas necessárias no partido e da necessidade de escolhas claras em matéria de políticas públicas com a educação, em primeiro plano.”, sublinhou.
Por outro lado, responsabilizou todos guineenses pela situação em que o país se encontra. Segundo ele, a situação não é da exclusiva responsabilidade das Forças Armadas.
Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC até ao Congresso, formalizou a sua recandidatura através de uma carta enviada de Portugal, onde se encontra desde que foi alvo do golpe de Estado de abril de 2012.


CARLOS GOMES JÚNIOR

Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC até ao Congresso, formalizou a sua recandidatura através de uma carta enviada de Portugal, onde se encontra desde que foi alvo do golpe de Estado de abril de 2012.


BRAIMA CAMARÁ

Braima Camará, presidente da Câmara de Comércio Indústria Agricultura e Serviços e deputado da Nação é candidato a presidente do PAIGC no VIII Congresso a ter lugar em maio.
O candidato Braima Camará, defende uma liderança democrática e inclusiva no seio do PAIGC e mostrou-se disponível, por amor à Pátria e a pedido de numerosos núcleos importantes do Partido, nomeadamente de altos dirigentes, jovens, mulheres e sindicalistas pertencentes às organizações sociopolíticas do PAIGC, no sentido de conduzir um projecto visando o surgimento de um “Melhor PAIGC”, unido na sua diversidade e capacitado para enfrentar os seus adversários políticos, estando aberto à crítica susceptíveis de fazer o Partido melhorar, tornar-se num partido mais forte e mais dinâmico, para o bem de todos, porque, segundo defende o próprio candidato, citamos, “nós do PAIGC sempre fomos e continuaremos a ser a força da mudança e a mudança tem sido a nossa força”. Afirma estar aberto à críticas capazes de melhorar o Partido, tornar-se num partido mais forte e mais dinâmico, para o bem de todos, porque, “nós do PAIGC sempre fomos e continuaremos a ser a força da mudança e a mudança tem sido a nossa força”.

Eis, algumas das medidas que figuram no projeto de Braima Camará caso assumir a liderança d PAIGC:
- Recuperar e modernizar as Infra-estruturas do Partido, tanto em Bissau, como ao nível das Províncias, Regiões e Sectores;
- Abrir representações do PAIGC nos principais Países de acolhimento dos nossos emigrantes, nomeadamente Senegal, Portugal, Espanha, França e Inglaterra;
- Apetrechar as representações do Partido, tanto no País como no Estrangeiro, de modernos meios de Tecnologias de Informação e Comunicação, para dinamizar as nossas actividades e tornar possível a nossa comunicação em tempo real;
- Criar estímulos e condições materiais e financeiras para que jovens quadros, sobretudo especializados em Ciências Políticas, Sociais e Humanitárias, possam trabalhar a tempo inteiro no Partido, sem prejuízo do seu nível de formação, ajudando a adequar o Partido às exigências da modernidade;
- Combater a indisciplina partidária, através da reforma estatutária, que deverá prever sanções mais severas aos prevaricadores, inclusive a expulsão definitiva das suas fileiras;
- Promover o recenseamento geral dos militantes do Partido, tanto dentro como fora do País, criar uma base de dados, para permitir que no futuro as eleições do Presidente do Partido sejam feitas DIRECTAMENTE, pelos Militantes, desde que tenham as suas situações regularizadas, conforme os parâmetros que serão adoptados pelos Estatutos. Desta forma, os Congressos passariam a ser fóruns de confirmação da liderança escolhida pelos Militantes, Palco de congregação de toda a nossa família partidária a volta de um único projecto e de adopção de estratégias para as eleições.


VLADIMIR DEUNA

Vladimir Deuna, 29 anos, o mais novo candidato à liderança do PAIGC, diz que se for eleito quer ser primeiro-ministro para implementar o modelo de combate a fome do ex-Presidente do Brasil Lula da Silva “Fome Zero”.
o jovem candidato licenciado em Direito no Brasil, garante que vai ser o futuro primeiro-ministro da Guiné-Bissau porque vai ganhar o congresso do PAIGC a decorrer em Maio.
"Quero reconciliar e renovar a família do PAIGC. O partido precisa da nova geração que não tem compromisso com ninguém senão com o povo. Vou ser presidente do partido e ir para eleições com quadros competentes para assumir a governação a partir das próximas eleições gerais", afirmou Deuna.
O jovem diz que se for primeiro-ministro não vai perder tempo e a sua prioridade será formar um "Governo coeso" e arrancar com o programa “Fome Zero” que resultou num estrondoso sucesso no Brasil.
"Quero ser o Lula da Silva da Guiné-Bissau. Amílcar Cabral dizia que devemos seguir os bons exemplos pois isso não é vergonha e nem é errado. Lula da Silva transformou o Brasil, antes de ele chegar ao poder a pobreza no Brasil era extrema mas ele diminuiu isso bastante. Eu quero fazer a mesma coisa aqui", frisou.
"Eu quero salvar o meu povo. Como é que penso fazer isso? É ser presidente do PAIGC e logo ser candidato a primeiro-ministro, formar um Governo forte e implementar a política de Fome Zero na Guiné-Bissau", explicitou.
Vladimir Deuna diz ser "um animal político", que se preocupa com os demais, mas que quer cooperar com países que forem justos com a Guiné-Bissau.
"A Guiné tem potencialidades, é só fazer cooperação justa com países como Rússia, China, Cuba e Brasil", observou Deuna, dizendo que não tem medo de nenhum dirigente que se queira candidatar à liderança do PAIGC.
E acrescentou: "Isto não é uma aventura, eu preparei-me para isto há muito tempo".
"O meu nome é doutor Vladimir Deuna mas decidi chamar-me Vladimir Deuna Abel Djassi para homenagear a organização dos pioneiros do partido. Não tenho medo dos outros candidatos, porque eu sou jurista, com domínio do Estado. Não tenho medo das elites. Sou humilde, sou filho de camponês. Quero debates internos para que os militantes possam saber qual de nós está melhor preparado", afirmou.


ARISTIDES OCANTE DA SILVA

O antigo ministro Aristides Ocante da Silva apresentou candidatura a líder do Partido PAIGC que quer ver unido, participativo, moderno e inclusivo.
"Depois de 37 anos de atividade política sinto-me com capacidade para enfrentar novos desafios", disse o dirigente político na cerimónia de apresentação da candidatura, toda ela com referências a Amílcar Cabral, o fundador do partido em 1956 e assassinado fez no domingo passado 40 anos.
Uma cerimónia, durante a qual, apresentou igualmente o seu manifesto, intitulado: pelo PAIGC, Força, Luz e Guia do Nosso Povo Sou continuador de Cabral.
No documento de 14 páginas, Aristides Ocante da Silva, aponta as razões da sua candidatura. Defende nesta perspectiva, a necessidade de uma reforma profunda e estrutural no seio do PAIGC.
Fazendo um historial do que foi o PAIGC ao longo dos anos, disse que é esse legado, do partido e do seu fundador, que reivindica, e acrescentou que se sente com capacidade para fazer face aos novos desafios e à continuação das reformas no sector da Defesa e a dignificação dos antigos combatentes.
Quer um partido sem ideologias marxistas ou capitalistas mas "de desenvolvimento", moderno e dinâmico, prometendo que, caso não ganhe no congresso de maio, irá trabalhar com o vencedor.
Aristides Ocante da Silva, 46 anos, é biólogo, membro do bureau político do PAIGC e iniciou-se na política aos nove anos, como "pioneiro" do partido. Era ministro da Função Pública no Governo de Carlos Gomes Júnior na altura do golpe de Estado do ano passado.


GAZETA de NOTÍCIAS

segunda-feira, 11 de março de 2013

FIM DA GREVE

Os professores das escolas públicas da Guiné-Bissau retomaram esta segunda-feira as aulas após três semanas de greve.
Segundo Luís Nancassa, presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof) da Guiné-Bissau, o Governo comprometeu-se a pagar um mês de salário - dos quatro em atraso -, dar início ao processo de efetivação dos professores do novo ingresso e ainda a mudança de letras na folha do pagamento.

Após a mediação do Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, que juntou o Governo e os sindicatos à mesma mesa, os professores decidiram retomar as aulas como forma de "evitar que o ano lectivo venha a ser anulado", observou o presidente do Sinaprof.

"Peço aos professores que compreendam os sindicatos, estamos a fazer no mínimo o que podemos, porque também não podemos andar à paulada com o Governo. Insistimos, mas o Governo continua irredutível na sua postura de demonstração de falta de sensibilidade para com os professores", afirmou Luís Nancassa.
"
Apelo aos professores para que voltem às salas de aulas a partir de hoje para que não ponhamos o ano lectivo em causa", insistiu o sindicalista.

As aulas recomeçaram, mas a meio gás, sobretudo nas escolas de Bissau, situação que é recorrente de cada vez que há o levantamento da greve dos professores. Nos primeiros dias do recomeço das aulas os alunos e alguns professores não costumam comparecer nas escolas.

AH GUINÉ...

O ESTÁDIO 24 de SETEMBRO QUE FOI REMODELADO RECENTEMENTE E QUE FOI ENTREGUE HÁ MENOS DE UMA SEMANA AO GOVERNO DA G.BISSAU, JÁ FOI ASSALTADO...PORQUE SERÁ?????
QUE DEUS NOS ACUDA..." BÓ PARA DJÁ "

domingo, 10 de março de 2013

ÁGUA E LUZ CHEGAM A ALGUMAS ALDEIAS ISOLADAS DA G.BISSAU



A 120 quilómetros de Bissau, em aldeias quase inacessíveis, decorre uma revolução silenciosa que está a mudar a vida de 15 mil pessoas. Energia solar leva luz a quem nunca teve, leva água perto a quem a tinha longe.
São tabancas (pequenas aldeias) como as de Culcunhe ou Unfarim, como Sansabato ou Maque, perto de Bissorã, região de Oio, que estão a beneficiar de um projeto concebido pela organização não governamental ADPP (Ajuda ao Desenvolvimento do Povo para Povo), financiado pela União Europeia e concretizado pela Impar, uma empresa da área da energia.
Uma união de esforços que começou em novembro passado e que em quatro anos vai dar qualidade de vida a 24 aldeias de Oio, iluminando pouco a pouco escolas, centros de saúde e centros comunitários, e trazendo água para consumo e para rega através de furos, bombas e torres com depósitos.

EXPRESSO

sábado, 9 de março de 2013

BENTO XVI

A coragem e a humildade que Bento XVI revelou ao resignar aumentaram ainda mais a estima e a admiração que os povos africanos já tinham deste papa e deste pontificadoA opinião é do bispo da diocese guineense de Bafatá D. Pedro Zilli que espera que o próximo papa dê prioridade à nova evangelização e às questões sociais no continente africano bastante dilacerado por guerras e pela pobreza.
O bispo de Bafatá diz que
se o sucessor de Bento XVI for africano será um grande sinal para o continente e para o mundo, e destaca duas grandes qualidades neste papa: Simplicidade e profundidade na forma como governou a Igreja….

SOCIEDADE CIVIL PROMOVE ENCONTRO COM MILITARES

DE 8 A 15 DE MAÇO, O MOVIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL DA GUINÉ BISSAU VAI PROMOVER REUNIÕES COM OBJETIVO DE DAR ESPAÇO AO DIÁLOGO.
ESTE MOVIMENTO CONTA PROMOVER MAIS DE CEM REUNIÕES QUE VAI PÔR NO MESMO ESPAÇO MILITARES, POLÍTICOS E A SOCIEDADE EM GERAL, NAS CIDADES DE BUBA,BAFATÁ, MANSOA E BISSAU.

O PARAISO

SONHO DE TRAFICANTES - AQUI

sexta-feira, 8 de março de 2013

MINDJER: I NÓ MAMÉ

 8 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES, COMEÇOU COM A MANIFESTAÇÃO DAS MULHERES RUSSAS, EXIGINDO MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO, DURANTE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.
NO ENTANTO, A IDEIA DE CELEBRAR O DIA DA MULHER SURGIU DESDE O PRIMEIRO ANO DO SÉCULO XX, NOS ESTADOS UNIDOS E NA EUROPA.
ASSIM. O ANO 1975 FOI DESIGNADO PELA ONU, COMO O ANO INTERNACIONAL  DA MULHER...EM DEZEMBRO DE 1977, A ONU ADOTOU O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES, PARA LEMBRAR AS CONQUISTAS SOCIAIS, POLÍTICAS E ECONÓMICAS DAS MULHERES
...


VIVA AS MULHERES.




UA ALERTA O GOVERNO DE TRANSIÇÃO



O representante especial da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídio M.B Pequeno, exortou esta quinta-feira em Paris as autoridades de transição deste país a fixarem a data das eleições gerais, prometendo o apoio da comunidade internacional para a sua organização.
"Até ao momento, não há nenhuma data exata para a realização destas eleições. Ouve-se aqui e acolá que existem problemas para a sua organização.
É preciso informarem-nos destas dificuldades", afirmou o responsável da UA.


O presidente de transição da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, declarou recentemente que "é impossível realizar as eleições gerais em maio próximo, como prevê o calendário da transição".
"Para nós, o mais importante é encontrar uma data consensual.
Um prazo aceite pela classe política e pela sociedade civil. Tratar-se-á depois de informar a comunidade internacional que vai financiar estas eleições", indicou o representante especial da UA na Guiné-Bissau.
"
O essencial continua a ser, para nós, encontrar um verdadeiro consenso para que o país possa progredir e enfrentar os desafios de segurança e de desenvolvimento", insistiu.
Uma transição de 12 meses foi instaurada na Guiné-Bissau em maio de 2012 pouco após o golpe de Estado militar de 12 de abril, perpetrado entre a primeira e a segunda voltas das eleições presidenciais, organizadas após a morte em Paris do então presidente da República, Malam Bacai Sanha.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Eleições em si não garantem estabilidade na Guiné-Bissau, diz analista


Eleições "livres, justas e transparentes" na Guiné-Bissau até ao final de 2013 é a exigência da CEDEAO. A organização exigiu um rumo político e governativo para o país que se encontra há quase um ano sem Governo formado.

Em entrevista à DW África, o investigador português Bernardo Pires de Lima, do Instituto Português de Relações Internacionais e da Universidade norte-americana Johns Hopkins, traçou possíveis cenários para o país.



DW África: Acredita numa estabilidade política a curto prazo para a Guiné-Bissau?
Bernardo Pires de Lima: Eu parto do princípio que nenhuma estabilidade está garantida enquanto as forças armadas não forem alvo de uma profunda reforma e não se submeterem ao poder civil, ao poder político democraticamente eleito. Portanto, não acredito que a realização de eleições por si só garanta a estabilidade que a Guiné-Bissau precisa. O outro ponto é saber se a inexistência de eleições num horizonte de curto prazo não seria ainda pior para agravar a instabilidade que a Guiné-Bissau cronicamente apresenta.
DW África: A CEDEAO irá desempenhar algum papel neste processo eleitoral?
BL: Já está a desempenhar. A CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, é a grande vencedora de todo este processo de transição. Repare que o roteiro da CPLP, a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, foi completamente posto de lado. Portugal perdeu a mão ao processo que liderou desde o início de abril de 2012, quando se deu o golpe de Estado, no fundo defendendo com a CPLP, unanimamente, sanções à Guiné-Bissau, às entidades que procederam ao golpe.
Mas a partir do momento em que todos os partidos políticos e que a CEDEAO e que até o próprio representante das Nações Unidas, José Ramos-Horta, começam a validar um roteiro e uma legitimidade, digamos, temporal ao Governo e à presidência de transição, o roteiro da CPLP e de Portugal sai muito defraudado, muito enfraquecido, e, de facto, a CEDEAO tomou conta das circunstâncias. Quer me parecer que a CEDEAO estará mais fortalecida na altura de monitorizar as eleições.

DW África: Acredita que Carlos Gomes Júnior, primeiro ministro do anterior Governo derrubado, pode ser um dos nomes na corrida eleitoral?
BL: [Se] o conceito de transparência e de liberdade for respeitado ou não pelas autoridades que vão monitorar as eleições e pelo grau de flexibilidade que existe em aceitar que ele foi deposto e regressar ao seu país. Quando falo, falo exatamente das entidades que estão a liderar este processo de transição, tanto do lado político como do lado militar.
Esta relação civil-militar é que me parece absolutamente contra natura para qualquer estabilidade futura de curto e médio prazo na Guiné-Bissau. Provavelmente vamos assistir mais conflitulidade (sic)interna a medida em que a pirâmide das forças armadas se mantiver no estado em que está, muitas chefias... Enquanto não houver paz entre entidades políticas eleitas democraticamente e as estruturas líderes das forcas armadas, a Guiné-Bissau está condenada a viver periodicamente de transição em transição para um período que nós não sabemos se será pior que o anterior ou não.

DW África: A Guiné-Bissau está a quase um ano sem Governo formado. Apenas o poder foi formalmente transferido para as mãos dos civis. Qual é a urgência destas eleições e da reposição de um poder político efetivo na Guiné-Bissau?
BL: O primeiro ministro interino já se queixou que não tem orçamento, que não tem condições para qualquer tipo de evolução no desenvolvimento económico e social do país. Parece-me que, com as sanções que existem, nomeadamente da CPLP, agravam ainda mais a situação no terreno guineense.
Depois, há uma falta de ajuda internacional que olhe para os interlocutores em Bissau como válidos e credíveis. O que também não acontece neste momento. Portanto, penso que Ramos-Horta, aqui, poderia contribuir para uma solução "mais Nações Unidas" e "menos organizações regionais africanas", e portanto contribuir para uma solução [do estilo] "chapéu Nações Unidas", durante, por exemplo, uma década, que contribuísse para uma reforma que a Guiné-Bissau necessita.

DW

SOLIDARIEDADE


Ensino e a Saúde” são as “principais prioridades” da Missão Dulombi que parte hoje, quinta-feira, dia 7 de março, rumo a Guiné-Bissau.
A Missão Dulombi é uma organização sem fins lucrativos, de ajuda humanitária à Guiné-Bissau, que foca a sua atividade nas aldeias de Dulombi e Galomaro, locais onde a presença dos portugueses deixou marca na altura colonial. Neste momento, a organização está a reconstruir e a reabilitar um Centro de Saúde e duas escolas na Guiné-Bissau e vai ainda, iniciar a construção de uma creche em Dulombi.
A Câmara Municipal da Trofa está a apoiar a Missão Dulombi em mais uma iniciativa humanitária, através da doação de “algum material logístico”. Este material, bem como uma Bandeira do município da Trofa foi entregue hoje, pelas 10 horas, no Parque Nossa Senhora das Dores e contou com a presença de José Magalhães Moreira, vice-presidente da autarquia. “Com mais esta iniciativa, a Câmara Municipal da Trofa materializa o apoio e a solidariedade de toda a população Trofense, habituada a desenvolver uma cidadania ativa e participada”, avançou fonte da Câmara.
Recorde-se que em fevereiro de 2012, esta organização levou um contentor com “11 toneladas de ajuda” para as escolas de Dulombi e Galomaro, assim como para o Hospital de Galomaro.
Caso queira ficar a par da Missão e/ou ajudar nesta causa, pode fazâ-lo através do email (missaodulombi@gmail.com), número de telemóvel (911 019 706) ou através das redes sociais (facebook.com/missaodulombi.pt).


terça-feira, 5 de março de 2013

GUINÉ-BISSAU e MOÇAMBIQUE COM SÉRIOS PROBLEMAS COM TRÁFICOS DE DROGA

Guiné-Bissau e Moçambique são os países lusófonos que apresentam problemas mais sérios com o tráfico de drogas, de acordo com o relatório anual da Agência Internacional de Controlo de Drogas (International Narcotics Control Board - INCB), da ONU.

A África Ocidental, nos últimos dez anos, tem sido a porta de entrada da cocaína da América do Sul com destino à Europa, mas desde 2007 o seu peso tem vindo a diminuir até porque o tráfico de droga continua a usar o circuito de contentores, a partir do Brasil.

O relatório indica, no entanto, que o golpe de Estado na Guiné-Bissau em abril de 2012 provocou mudanças que podem afetar a luta contra o tráfico de drogas naquela zona do mundo, devido á instabilidade do país.

Segundo o INCB, a Guiné-Bissau tem atraído mais a atenção dos traficantes, constituindo já o centro do comércio da cocaína nesta sub-região.

O Escritório das Nações Unidas para as Drogas e Crimes (UNDOC) presta assistência aos países sobre os problemas do consumo e o combate do tráfico de drogas através dos seus programas nacionais.

Cabo Verde atualizou o seu programa nacional de fiscalização de drogas em 2012, mas a execução do programa análogo na Guiné-Bissau foi suspenso em consequência do golpe de Estado.

Uma quantidade considerável de cocaína é também transportada da África Ocidental para a África do Sul, seja diretamente ou através de Angola ou da Namíbia.


Já Moçambique tem apresentado algumas melhorias, mas tem de aumentar os seus esforços no combate contra as drogas, recomenda a agência da ONU.

Moçambique tem surgido como o ponto central do trânsito de drogas ilícitas, como resina de canábis, canábis, cocaína e heroína destinadas à Europa, e de metaqualona (um medicamento sedativo e hipnótico, Mandrax) para a África do Sul.

O país da áfrica austral também é apontado como ponto de passagem para o tráfico de metanfetaminas em África e outras regiões.

Em 2011, as autoridades moçambicanas apreenderam 41 quilos de efedrina e em 2012 foi suspenso um carregamento de 1.970 quilos de 1-fenil-2-propanona, que vinha da Índia e não tinha a autorização necessária.

As autoridades moçambicanas apreenderam 12 remessas de cocaína em 2011 no aeroporto internacional de Maputo, num total de 65 quilos, que vinha da Índia e que já havia passado pela Etiópia.

Já no Brasil, as autoridades têm aumentado os recursos gastos na luta contra o narcotráfico e os programas de prevenção, reconheceu esat terça-feira a INCB.

«Ainda que o Brasil permaneça como um dos principais países de trânsito da cocaína produzida nos países vizinhos (Bolívia, Peru, Colômbia), o INCB constatou que o Governo adotou medidas importantes para fortalecer a sua capacidade de fazer cumprir as leis, em particular com a implantação de aeronaves de vigilância teledirigidas, scanners de contentores e o estabelecimento de um laboratório de análises de drogas», referiu o relatório.

A agência indicou o investimento nos programas de prevenção no consumo de drogas e a criação de uma rede de tratamento e reabilitação, recomendando ao país a extensão destes programas à população carcerária.

As apreensões de cocaína caíram em 2011 (dados mais recentes indicados no estudo) no Brasil para as 24,5 toneladas, quase 10% menos do que o ano anterior. Já as apreensões de cannabis aumentaram para 174 toneladas, cerca de 12% mais do que em 2010.

Em 2011, Cabo Verde apreendeu 2,6 toneladas de canábis e também registou o consumo de estimulante do tipo anfetaminas no país. Em outubro do mesmo ano, ocorreu uma apreensão, sem precedentes, de 1,5 toneladas de cocaína no país.

Timor-Leste é citado no relatório por não ter ratificado três convenções sobre o tráfico de estupefacientes (de 1961, 1971 e 1988) da ONU.


TVI24

ESTUDANTES VOLTAM A CARGA



A Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) marcou para esta quinta-feira, 07 março, uma vigília a frente da presidência da republica a partir das 7 horas, para exigir os direitos da classe estudantil, O DIREITO A ESCOLA.
Recorda-se que está em curso uma greve geral de 30 dias decretada pelos dois sindicatos de professores( SINAPROF e SINDEPROF ), que reclamam a efetivação dos novos professores, aplicação do estatuto da carreira docente e pagamento do salário em atraso.


RSM

CPLP deve enviar representante para a Guiné-Bissau - secretário-executivo

O secretário executivo da CPLP defendeu hoje que a organização lusófona deve enviar um representante para a Guiné-Bissau, depois de a comunidade dos países da África ocidental ter mostrado "abertura total" para trabalhar com os parceiros.

LUSA

GENTE DE BOA VONTADE...O POVO AGRADECE




A Fundação Fé e Cooperação (FEC) e o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, assinaram um protocolo para a implementação do programa «Ensino de Qualidade em Português na Guiné-Bissau». Com a duração prevista de 48 meses, e integrando três níveis de ensino (educação de infância, ensino básico e secundário), o projeto terá uma abrangência nacional (Bissau, Biombo, Bafatá, Cacheu e Gabú).

Segundo uma nota da FEC, o programa procura encontrar respostas sustentáveis para problemas como «a baixa cobertura escolar», em número e em qualidade, as «fracas competências científicas, pedagógicas, de gestão e transversais dos agentes educativos», e o «fraco desempenho educativo», que se verifica através das elevadas taxas de abandono e reprovação escolar, em particular das raparigas.

O projeto irá abranger 500 diretores de escola, 600 agentes educativos de educação de infância, 1800 professores do ensino básico e 600 professores do ensino secundário. Num país que ocupa um dos últimos lugares do Índice de Desenvolvimento Humano (176.º posição em 187 países), e no qual 48,6 por cento da população é analfabeta, e a escolaridade média é de 2,3 anos, o programa pretende «melhorar as oportunidades de escolarização e a qualidade do ensino».

sexta-feira, 1 de março de 2013

DESENTENDIMENTO..." DJUNDA-DJUNDA "

Falta de entendimento entre principais partidos da Guiné-Bissau adia debate de urgência no parlamento
Os dois principais partidos no parlamento da Guiné-Bissau, o PAIGC e o PRS, desentenderam-se hoje sobre a pertinência de um debate de urgência, que se devia ter realizado para analisar a governação do país.


LUSA

PROLONGAMENTO DO PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Os chefes de estado e de governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prolongaram ontem o período de transição da Guiné-Bissau até ao final do ano. A decisão saiu da 42.ª cimeira ordinária da organização, que decorreu  quarta e quinta feira em Yamoussoukro, na Costa do Marfim.

Segundo o comunicado final divulgado após a reunião, "a Cimeira decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31 de dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP)".

Na sequência do golpe de Estado de abril de 2012, as autoridades regionais tinham instituído um período de um ano para que a Guiné-Bissau organizasse eleições. Esse período iria até maio deste ano, mas as eleições, projetadas para abril, não se realizam no tempo estimado por ainda não terem sido criadas condições para tal.

Segundo o comunicado, com as conclusões da Cimeira, a CEDEAO reiterou o apoio à transição na Guiné-Bissau e felicitou a assinatura do Pacto de Transição por todos os principais partidos (o partido mais votado não tinha assinado o Pacto e só o fez recentemente).

"A conferência encorajou o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamadjo, a submeter um projeto de roteiro" realista à ANP para "a preparação e organização de eleições gerais livres, justas e transparentes antes do fim do ano de 2013", que o deve adotar "o mais rapidamente possível", dizem as conclusões da Cimeira.

A CEDEAO, acrescenta, instou a União Africana a apresentar rapidamente um relatório da missão conjunta que em dezembro do ano passado esteve no país. Esse relatório será outra forma de aumentar "os esforços visando criar um consenso junto dos parceiros internacionais sobre a situação na Guiné-Bissau".

DN