quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Relatório da ONU sobre Guiné-Bissau cita tortura e medo da população

Relatório das Nações Unidas constata que a insegurança e a impunidade continuam sendo "problemas graves a serem resolvidos com urgência" pelas autoridades da Guiné-Bissau.

As Nações Unidas anunciaram que a insegurança e a impunidade continuam sendo "problemas graves a serem resolvidos com urgência" pelas autoridades da Guiné-Bissau.
Falando no Conselho de Segurança, o subsecretário-geral para Assuntos Políticos Taye-Brook Zerihoun disse que a situação persiste, apesar do que chamou esforços positivos para garantir a inclusão no processo de transição.
Na reunião, o representante falou também sobre o que chamou de "clima generalizado de medo na população", após casos recentes de espancamento, tortura e intimidação. Para Zerihoun, os atos continuam restringindo a liberdade de reunião e de informação.
O país foi palco de um golpe militar em 12 de abril do ano passado, nas vésperas da realização do segundo turno das eleições presidenciais. Desde então, a comunidade internacional tem lançado repetidos apelos para o retorno ao regime civil e à restauração da ordem constitucional.
Os incidentes recentes incluem um ataque a uma base militar, em Outubro, que teria alegadamente resultado em várias mortes.
Na apresentação do informe do Secretário-Geral sobre os progressos no país, Zerihoun observou que nenhum dos envolvidos no ataque foi levado à justiça, apesar do fim das investigações e sua apresentação ao tribunal militar.
Zerihoun salientou que o Escritório Integrado da ONU de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, notificou o Ministério da Justiça sobre a matéria. Ele pediu uma ampla mudança nas políticas das autoridades para garantir uma transição pacífica e inclusiva.
No relatório, o representante falou de visitas efetuadas pela Uniogbis a prisões e centros de detenção, que confirmaram as condições inadequadas e falta de acesso dos presos à assistência médica, alimentos e água potável.
A restauração da ordem constitucional através de eleições voltou a ser apontada como prioridade por Zerihoun , que pediu o apoio da comunidade internacional para os esforços de combate à impunidade durante o período de transição na Guiné-Bissau.

AFRICA21

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