sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

APERTAR DO CERCO



O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, apelou ontem, quinta-feira, à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a outras instituições internacionais para se juntarem aos esforços das organizações regionais africanas na estabilização do país.
Dirigindo-se aos membros do Governo de transição durante uma sessão de apresentação de cumprimentos de Ano Novo, Serifo Nhamadjo disse que a CPLP, as Nações Unidas, a União Europeia e outros parceiros do país deveriam juntar-se aos esforços da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) no processo de transição em curso na Guiné-Bissau.
“Mais uma vez, apelo às Nações Unidas, à União Europeia, à CPLP e aos restantes parceiros para que se juntem aos esforços da CEDEAO e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), no apoio à nossa transição”, afirmou Nhamadjo.
Depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, a CPLP, as Nações Unidas, a União Europeia e a União Africana deixaram de prestar apoio às novas autoridades da Guiné-Bissau por não as reconhecerem.

“Os guineenses devem reflectir sobre o porquê de a Guiné-Bissau, desde 2005, nunca ter conseguido terminar um mandato legislativo, nem presidencial.
“Façamos uma análise profunda, que cada um de nós pergunte a si mesmo o que fez para contribuir para a resolução dos problemas do país”, exortou o chefe de Estado de transição.
Serifo Nhamadjo disse esperar que a Assembleia Nacional Popular (o parlamento guineense) seja um lugar de concertação entre os partidos sem deixar de lado a sociedade civil, factor que, afirmou, “é um imperativo para o sucesso da transição”.
Em relação ao desempenho do Governo de transição, Nhamadjo destacou “os esforços que tem vindo a empreender”, nomeadamente pagando os salários aos funcionários públicos “apenas com as receitas internas”, mas ainda assim disse que seria mau se no final do seu mandato não conseguisse realizar eleições gerais.
“Não se pode pedir tudo a um Governo de curta duração que não dispõe de tempo suficiente para aplicar reformas, sobretudo na política fiscal, mas toda acção deste Governo ficaria ensombrada se chegar ao fim do seu mandato e conseguir realizar eleições gerais nos termos e nas condições previstas no Pacto e no Acordo de Transição”, sublinhou o Presidente guineense.
O Pacto e o Acordo Politico de Transição são dois instrumentos que regem legalmente o período de transição e foram instituídos pela maioria de partidos do país, com os militares e algumas organizações da sociedade civil na altura do golpe de Estado de 12 de Abril.
O Presidente guineense de transição recebeu também ontemcumprimentos de Ano Novo das chefias militares e do poder judicial.

 

POIS É, VAMOS TER QUE FAZER ISSO( dar "o braço à torcer) VEZES...


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