quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A FORÇA DA ARTE

Crianças brincam na Guiné-Bissau (2008)





Palco de recorrente instabilidade política, a Guiné-Bissau tem relíquias naturais, como o arquipélago dos Bijagós, e culturais. Portugal acolheu Semana Cultural da Guiné-Bissau para divulgar país africano.
O arquipélago de Bijagós é uma das relíquias naturais da Guiné-Bissau, cujo potencial está subvalorizado. Responsáveis do Instituto da Biodiversidade das Áreas Protegidas estiveram em Lisboa para falar desse potencial e sublinhar a necessidade de preservar aquela reserva de biosfera constituída por 88 ilhas, situadas na costa ocidental africana.
Artistas plásticos e fotógrafos retratam os Bijagós numa exposição encerrada este domingo no âmbito da Semana Cultural da Guiné-Bissau em Portugal que decorreu entre 19 e 27 deste mês.
Chegou ao fim este domingo a Semana Cultural da Guiné-Bissau, encerrada com torneio de futebol e participação de Portugal e dos cinco países lusófonos de África. No fim-de-semana anterior, a abertura desta iniciativa promovida pela Embaixada da Guiné-Bissau, em parceria com outras instituições, também juntou a comunidade guineense e convidados que partilharam com alma os momentos de música e de poesia.
Os poemas de Edson Incópté, Ernesto Dabó, Emílio Lima e Toni Tcheka, de gerações distintas, ou as canções, por exemplo, de Juca Delgado e Braima Galisa, entre outros motivos exibidos ao longo da semana, confirmaram que, na diversidade, a Guiné-Bissau é uma nação culturalmente rica.
É esta riqueza que os organizadores quiseram mostrar ao público português e não só. Referência necessária à exposição de artes plásticas e de fotografias sobre a biodiversidade da Guiné-Bissau, que reuniu no Centro Cultural da Malaposta, em Odivelas, perto de Lisboa, trabalhos diversos, por exemplo de Maio Copé, Irmãos Unidos, Michel Té, Tchudá e João Carlos Barros.
A mostra exibe em quatro telas de tamanho maior alguns aspetos pitorescos das áreas protegidas do arquipélago dos Bijagós. Trata-se de um património natural a preservar, assim como é necessário preservar os valores da cultura guineense.
"E também temos que aproveitar a riqueza que nós temos, que é a riqueza cultura. Hoje em dia, fala-se de Guiné por tudo. Nós temos que falar da Guiné positiva. Quando falamos da Guiné positiva, isso só nos dá alegria", disse Edmilson dos Santos, da comissão organizadora.
"Todos os guineenses aqui na diáspora são embaixadores da Guiné", acrescentou dos Santos. "As pessoas apreciam com vontade de ajudar, com vontade de comentar e de ver a Semana. As pessoas reconheceram o trabalho que foi feito e que a cultura neste momento é a parte que nos une".

Um paraíso, "muito mais que os militares"
Já Flaviano Mindelo, declamador de poesia, usa a força das palavras para exortar a uma maior atenção aos Bijagós, "que é para, finalmente, aquilo começar a ser explorado, porque aquilo é um patrimônio mundial. E é bom que a humanidade desfrute de alguma maneira, direta ou indiretamente. Organizamos esta semana cultural para mostrar a Portugal e ao mundo que a Guiné[-Bissau] tem muito mais do que os militares", afirmou Mindelo, ao lembrar a atual situação de crise política do país ocidental africano, desencadeada pelo golpe militar de Estado de abril de 2012.
Na exposição, também há fotografias de Paula Tábuas, que, depois de uma viagem a Bissau, retrata sobretudo a vida, a história e a simplicidade das pessoas. Esta portuguesa que está a fazer mestrado em fotografia pensa voltar ao país para novas descobertas, incluindo as ilhas dos Bijagós.
"Não só Bijagós. A Guiné-Bissau é apaixonante", afirmou a fotógrafa. "O país mantém-se ainda num estado bastante puro, mas há sempre essa necessidade de chegar e procurar mais. Estivemos na ponte Amílcar Cabral e não avançamos. E gostaríamos de avançar e abranger outras áreas, porque é de pureza que precisa de ser registada. É preciso mostrar ao mundo que a Guiné-Bissau é um paraíso a ser também trabalhado e desenvolvido", avaliou.


DW

AINDA SOBRE CAUSA DA REVOLTA MILITAR DE 12 DE ABRIL DE 2012

FACTO Nº1

FACTO Nº2

FACTO Nº3

FACTO Nº4

CADA UM TIRA A SUA ILAÇÃO...


CHEGA DE ALDRABICE




Com efeito de execução imediata, 29 despachantes nacionais, de entre os quais despachantes oficias, ajudantes despachantes e caixeiros despachantes, foram suspensos do exercício das suas funções e viram barrado o acessos ao Sistema Aduaneiro Automatizado em todas instituições aduaneiras da Guiné-Bissau.

De acordo com o despacho do Ministro das Finanças de Governo de transição, Abubacar Demba Dahaba, datado de 29 de Janeiro, os despachantes em causa já vinham sendo alvo de denúncias de fraude fiscal junto do Ministério Público guineense, no período entre 2007 e 2008, na sequência de procedimentos criminais contra alguns funcionários da Direcção-geral das Alfandegas.

Tendo igualmente o Ministério Público feito a acusação definitiva dos processos de que são incriminados, o ministro das Finanças disse ter agido em conformidade com o estipulado no artigo 6.º do Estatuto disciplinar de funcionários da administração central, local e regional, aprovado pela Lei número 9/97, de 2 de Dezembro.

Assim, o referido grupo fica suspenso das suas atividades laborais em todo território nacional, até a decisão de absolvição ou condenação pela justiça guineense.

A medida já é do conhecimento da Direção-geral das Alfândegas, do Ministério do Comércio, das próprias Associação de despachantes e da Camara de Comercio, Industria, Agricultura, Comércios e Serviços.

PNN

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A GUINÉ QUE TEMOS...


Narcotráfico: «Passa-se tudo em Bissau e nós sabemos», diz ex-ministra


Carmelita Pires, que já foi ameaçada de morte, diz que a «máfia» do tráfico de droga acede a «determinadas pessoas» do aparelho de Estado



A infiltração do narcotráfico no aparelho de Estado da Guiné-Bissau é acompanhada por «sérias suspeitas», afirma a ex-ministra da Justiça Carmelita Pires, em entrevista à agência Lusa, nesta quarta-feira.
Quando quer aceder ao território de um país, ainda que para fins de armazenamento ou trânsito, a «máfia» do tráfico de droga atua através do «acesso a determinadas pessoas, que lhe permitam o direito de passagem», observa a especialista, que foi, durante três anos, conselheira especial do presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para o combate à droga e ao crime organizado.
«Não estou a ver os soldados rasos a concederem esse direito de passagem», confessa, realçando que, na Guiné-Bissau e noutros Estados igualmente frágeis, o narcotráfico «infiltra-se ao mais alto nível».
«Passa-se tudo em Bissau e nós sabemos», realça a advogada de formação.
Recordando que, enquanto ministra, defendeu a investigação, a acusação e o julgamento desses casos - na sequência do que chegou a receber ameaças de morte -, Carmelita Pires reconhece que, a esse nível, «as coisas não têm corrido bem».
«Um dos nossos principais problemas tem a ver com a questão da impunidade e aí não posso dizer que tenhamos tido resultados», vinca.
Simultaneamente, admite, o sucesso do combate internacional ao narcotráfico na Guiné-Bissau e na região da África Ocidental tem sido impedido por «condicionalismos, sobretudo de cariz financeiro».
O plano de combate da CEDEAO «é extremamente ambicioso» e pressupõe ações concretas, entre as quais Carmelita Pires destaca a partilha de informação e operações conjuntas entre as polícias da região. «Este trabalho já começou, mas ainda não está totalmente em prática. Fizeram-se só duas ou três operações», diz.
A criação de um tribunal específico, que contorne as «debilidades» dos sistemas judiciais da região, e a harmonização da legislação são outras medidas constantes no plano, acrescenta.

Comunidade internacional não pode abdicar de apoiar o país
A crise na Guiné-Bissau deve ser resolvida internamente, mas a comunidade internacional não pode abdicar de apoiar a realização de eleições e uma futura reforma das forças armadas, defende a ex-ministra da Justiça guineense.
Numa altura em que ainda é incerto um financiamento internacional às eleições na Guiné-Bissau, em período de transição desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012, Carmelita Pires frisa que a comunidade internacional «tem de saber» que «a Guiné-Bissau não pode, neste momento, fazer nada que não seja com um apoio muito sério».
O acordo de transição na Guiné-Bissau, assinado em maio de 2012, previa a realização de eleições no prazo máximo de um ano e Carmelita Pereira não admite sequer a possibilidade de a comunidade internacional ignorar os apelos financeiros para a sua realização.
A cada crise, aumentam as «fraturas» no país, avisa. «Estamos quase que persistentemente a aguardar algo», diz, considerando o último golpe «previsível» e reconhecendo que aos guineenses compete «entrar em diálogo e chegar a um consenso», o que «não é fácil».
Para Carmelita Pires, a Guiné-Bissau deve ter três objetivos fundamentais para o futuro: acabar com a impunidade, reformar a classe política e reorganizar as forças armadas.
Mas nada disto «deve ser feito durante o período de transição», só com «um Governo legítimo», após a realização de eleições. E nada disto poderá ser feito se a comunidade internacional abdicar de «projetar o período pós-transição».


TVI24

Empresários chineses pretendem adquirir produção de amendoim da Guiné-Bissau


Um grupo de empresários chineses associou-se a uma empresa guineense para comprar toda a produção de amendoim da Guiné-Bissau, disse terça-feira em Bissau Botche Candé, administrador da empresa Cuba Limitada.
Botche Candé, ministro do Comércio no governo deposto em Abril passado, disse à agência noticiosa portuguesa Lusa que a intenção da sua empresa é retomar a exportação de amendoim interrompida há 36 anos.
Tendo como compradores empresários chineses que já se encontram no país, a empresa do antigo ministro pretende adquirir aos produtores individuais quatro mil toneladas de amendoim, quantidade que o próprio Botche Candé reconhece ser difícil de atingir.
No passado, a Guiné-Bissau foi grande exportador de amendoim, tendo, em 1980, exportado 25 mil toneladas mas, com a produção centrada no caju, o país deixou de produzir outras culturas.
A partir dos anos 90 do século passado, o caju passou a ser principal produto de exportação da Guiné-Bissau tendo em 2010 exportado cerca de 180 mil toneladas, o que rendeu 156 milhões de dólares aos cofres do Estado, de acordo com dados oficiais.
A última colheita de caju foi substancialmente mais fraca e houve dificuldades de exportação, devido ao golpe de Estado e à baixa de preço do produto no mercado internacional.


MACAUHUB

BOA...É DE APLAUDIR

Uma conferência da iniciativa do recém-criado instituto BENTEN, fundado e liderado pelo guineense Paulo Gomes, ex-quadro sénior do Banco Mundial, cujas funções mais recentes se assentam no cargo do Director Executivo do Banco de Desenvolvimento Oeste Africana para 24 países africanos.
O Fórum Económico Bissau 2013 vai realizar nos próximos dias 1 e 2 de Fevereiro.
Espera-se a presença de proeminentes personalidades africanas ou ligadas ao mundo da economia, entre as quais, o ex-presidente Nigeriano Olesegum Obasanjo, Eric Guichard, Director Geral de Gravitas Capital, em Washington, e Joe Trippi, Ex Conselheiro de Obama e Howard Dean.
Presentes estarão também dirigentes do banco da CEDAO e de outras instituições financeiras.
Paulo Gomes disse que o objectivo da conferência é “criar as bases de uma reflexão sobre a evolução da economia da Guiné Bissau e de uma forma consensual delinear as vias possíveis” para transformar a economia guineense.
“Penso que devemos pensar numa estratégia (económica) sem complexos e sem tabus para podermos maximizar as oportunidades da Guiné,” disse o economista que acrescentou que o objectivo é trazer economistas e financeiros para “verem a realidade, os nossos desafios, aquilo que faz a nossa má reputação verem as nossas oportunidades”.
Para isso, disse, é preciso também ter “uma discussão franca sobre os desafios de natureza política e de segurança a que o país face”.

VOZ da AMERICA

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Medicamentos de origem duvidosa vendidos na Guiné-Bissau



Cerca de 80 por cento das farmácias da Guiné-Bissau vendem medicamentos de origem duvidosa, a maioria vindos de países vizinhos como a Nigéria, a Gâmbia ou a Guiné-Conacri, denunciou um responsável do sector, nesta sexta-feira.

Na Guiné-Bissau não existe um laboratório de controlo dos medicamentos que são vendidos ao público, disse o secretário nacional da Associação dos Farmacêuticos da Guiné-Bissau, Ahmed Akdhar.

"O problema maior reside na origem dos remédios. A título de exemplo, no Senegal existem mais de dez depósitos de distribuição oficial de medicamentos e na Guiné-Bissau não há nenhum", revelou Akdhar, citado pela Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG).

O país adiantou que dispõe de um Depósito Central de Compras de Medicamentos Essenciais (CECOMES) mas o recheio é produto de donativos e não é destinado à venda.

De acordo com Ahmed Akdhar outro dos problemas do setor é a falta de formação de pessoal farmacêutico, já que a maioria dos profissionais nem sequer sabe interpretar as receitas médicas

Ainda citado pela ANG, o responsável mostrou-se contra a propagação de postos de venda de medicamentos (sem qualquer controlo e fora das farmácias), um fenómeno que no vizinho Senegal foi extinto "há 30 anos".

Também em declarações à ANG o inspetor-geral de Saúde disse que a instituição tem falta de meios materiais e humanos para combater a venda ambulatória de medicamentos.

Benjamim Lourenço Dias disse que, como farmacêutico de profissão, tem consciência de que os medicamentos vendidos nas farmácias do país se encontram em mau estado de conservação, devido nomeadamente à falta da luz elétrica.

CM

O BEIJO : AS 10 CURIOSIDADES





1. Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o basium, trocado entre conhecidos; o osculum, dado apenas em amigos íntimos; e o suavium, que era o beijo dos amantes. Os imperadores romanos permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, enquanto os menos importantes tinham de beijar suas mãos. Os súditos podiam beijar apenas seus pés.

2. Antigamente, na Escócia, o padre beijava os lábios da noiva no final da cerimônia de casamento. Dizia-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção em forma de beijo. Depois, na festa, a noiva deveria circular entre os convidados e beijar todos os homens na boca, que em troca lhe davam algum dinheiro.

3. Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era um beijo do czar. No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher que quisessem
.


4. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público naquela época era obrigado a se casar com ela imediatamente.

5. Beijo francês é aquele em que as línguas se entrelaçam. A expressão foi criada por volta de 1920.

6. Na linguagem dos esquimós, a palavra que designa beijar é a mesma que serve para dizer cheirar. Por isso, no chamado “beijo de esquimó″, eles esfregam os narizes.

7. Em 1909, um grupo de americanos que consideravam o contato dos lábios prejudicial à saúde criou a Liga Antibeijo.

8. Boatos no final do século XIX atribuíam à estátua do soldado italiano Guidarello Guidarelli, obra do século XVI assinada por Tullio Lombardo, o poder de arranjar casamentos fabulosos a todas as mulheres que a beijassem. Desde então, mais de 7 milhões de bocas já tocaram a escultura em Veneza.

9. Por causa do chefe de polícia de Tóquio, que achava o ato de beijar sujo e indecoroso, foram apagados dos filmes norte-americanos mais de 243.840 metros de cenas de beijos.

10. Oliver Cromwell, no século XVII, proibiu que fossem dados beijos aos domingos na Inglaterra. Os infratores eram condenados à prisão.

Governo angolano e países africanos lusófonos contra levantamento de sanções da União Africana à Guiné Bissau

O secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, fez uma avaliação positiva da participação de Angola na Cimeira da União Africana (UA), que encerrou segunda-feira, em Addis Abeba, noticia hoje o Jornal de Angola.

De acordo com declarações do governante angolano, as discussões foram acaloradas, principalmente entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), devido à situação política na Guiné-Bissau.

"Há a tendência da CEDEAO, com a Nigéria à cabeça, obrigar a União Africana a levantar as sanções internacionais à Guiné-Bissau, sob o argumento de que a situação já está normalizada e que há um governo de transição inclusivo", denunciou Manuel Augusto, esclarecendo que esta não é a opinião de Angola nem da CPLP.

Após acesos debates, acrescentou, chegámos à conclusão de que as sanções vão continuar, até que o Conselho de Paz e Segurança da União Africana conclua que estão criadas as condições para se levantarem as sanções que pesam sobre a Guiné-Bissau.

"Foi um momento não muito bonito porque os argumentos apresentados pela CEDEAO não colheram e tentaram ir por um caminho que não é o que a União Africana segue. Felizmente, os países que aqui representaram os PALOP tiveram o apoio de outros países e manteve-se a posição inicial", disse.

Segundo o secretário de Estado angolano, a Cimeira da UA teve como mérito chamar novamente a atenção de África para uma reflexão profunda. No encontro, foi entendido como um sinal não muito bom o facto de um país europeu, a França, ter intervido num conflito africano. "Isso demonstra a nossa incapacidade", admitiu Manuel Augusto, citado pelo Jornal de Angola, para quem a pobreza ou a falta de recursos materiais não pode ser a justificação para África ter dificuldades em lidar com os seus problemas.



AFRICA21 DIGITAL

SERÁ UM MILAGRE ??????????????

GRÁVIDA AOS 5 ANOS

LINA, AOS 5 ANOS
 


Lina Vanessa Medina, é uma peruana nascida em 27 de Setembro de 1933, é conhecida mundialmente por ter dado a luz a um filho precocemente, com apenas cinco anos de idade. Por este fato, Lina Medina é a mãe mais jovem já confirmada na história da medicina.

Nascida e criada no distrito de Ticrapo, localizado na região Huancavelica, Lina vivia em condições precárias em uma aldeia andina juntamente com sua família. Os pais da garota ao detectarem um aumento anormal em seu abdômen, resolveram levá-la a um curandeiro da vila. Seu pai Tiburcio Medina procurou imediatamente os xamãs da vila (os curandeiros) que faziam rituais xamânicos, do quais invocavam espíritos da natureza para ajudar o povo da vila. Porém os xamãs descartaram que houvesse superstições da localidade, como a possibilidade da menina abrigar em sua barriga uma cobra (Apu), que iria crescer a até matá-la. Recomendaram então, que os pais a levassem a um hospital.




A enfermeira, o bébé e a Lina


Os pais de Lina Medina, bastante assustados imaginavam que sua filha pudesse estar com um tumor maligno e temiam pela morte dela. Seguindo a recomendação dos xamãs da vila, a menina foi encaminhada a um hospital mais próximo localizado na cidade de Pisco. Para a surpresa dos pais, Lina Medina felizmente não estava com nenhum tumor, porém estava grávida, para o espanto de todos. O médico Gerardo Lozada levou a garota até Lima, capital do Peru, para que o diagnóstico pudesse ser comprovado mais uma vez, por outros especialistas.


Em 14 de maio de 1939, um mês depois da descoberta da gravidez de Lina Medina, ela deu à luz a um menino saudável de 2,7 quilogramas. O parto foi realizado pelos médicos Dr. Lozada e Dr. Busalleu que fizeram uma cesariana, opção de parto escolhida pelo fato da pélvis de Lina ser bem pequena, ou seja, impossível a realização de um parto normal. Lina colocou o nome do seu filho de Gerardo, em homenagem ao Dr. Gerardo Lozada.

Dr. Geraldo, a Lina e o Bébé(no carrinho)

Lina Medina teve um desenvolvimento sexual precoce. Com apenas oito meses de idade, a garota apresentava sinais de maturidade sexual e já havia tido sua primeira menstruação. Porém sua mentalidade era de uma criança normal de cinco anos de idade. Após o nascimento de seu filho, Lina preferia brincar de boneca em vez de ficar com seu bebê, que era alimentado por uma enfermeira.

Como a mocinha nunca revelou quem é o verdadeiro pai de seu filho, a policia passou a suspeitar do pai da Lina Medina, que acabou indo para a cadeia por suspeita de incesto e estupro, mas foi solto pouco tempo depois por falta de provas.

O garoto foi criado pelo irmão de Lina Medina e levado a acreditar que sua mãe era sua irmã. Somente quando Gerardo chegou à puberdade descobriu que Lina era sua mãe. Porém, nunca soube quem era seu pai. Infelizmente Gerardo morreu com apenas 40 anos de idade, devido a uma doença na medula óssea.

Lina, aos 35 Anos

Apesar desse fato, Lina Medina teve uma infância “normal” e, de acordo com várias publicações, aos 33 anos ela se casou com Raúl Jurado, e em 1972 (aos 39 anos) teve outro filho. O mistério de quem poderia ser o pai de Gerardo ainda prevalece e Lina Medina se nega a falar do assunto até hoje, aos 79 anos de idade.


Edson Claudia - Curiosidade

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Novo Chefe do Estado maior do exército senegalês visita esta segunda feira Bissau



O novo Chefe do Estado Maior das Forças armadas do Senegal está de visita esta segunda feira, 28 de Janeiro, a Bissau, ocasião para passar revista à tropa senegalesa que participa na força de alerta da CEDEAO na Guiné Bissau.

Com efeito, o general senegalês, Mamadu Sow, chefe do estado maior general das Forças armadas do Senegal, inicia esta segunda feira, 28 de Janeiro, uma visita de dois dias à Guiné Bissau, a convite do seu homólogo guineense, general António Indjai.

Esta força de mais de 600 homens foi constituída pelos países membros da CEDEAO, por ocasião do golpe de estado de abril do ano passado na Guiné Bissau.

O Senegal disponibilizou cerca de 200 homens para esta força, designadamente médicos militares que estão a dar consultas no hospital militar de Bissau.

Da capital guineense, Bissau, o nosso correspondente Mussá Baldé.



Mussá Baldé,

 RFI

GOLPE...SERÁ???? É TUDO FARINHA DO MESMO SACO

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

QUEM SABE... SABE.

20 de Janeiro - dia dos heróis nacionais: Dedico esta minha pintura a todos os heróis guineenses, especialmente ao CAMARADA AMÍLCAR e a todos aqueles que, actualmente, procuram heroísmo trabalhando para o desenvolvimento do país. É difícil… MAS NÃO É IMPOSSÍVEL…

Dedico esta minha pintura a todos os heróis guineenses, especialmente ao CAMARADA AMÍLCAR e a todos aqueles que, actualmente, procuram heroísmo trabalhando para o desenvolvimento do país. É difícil… MAS NÃO É IMPOSSÍVEL…



HELDER PIRES

DIA DE NÃO FALAR MAL DA GUINÉ-BISSAU


Escrever sobre a crise na nossa Guiné-Bissau seria redundante e aborrecido. Ao longo destes meses, pós golpe do 12 de Abril, muito se debateu, argumentou, opinou, com ou sem fundamento, quanto a tragédia nacional.

Naturalmente, sou um guineo-optimista, um cidadão que acredita sempre na Guiné-Bissau e no seus filhos. Sou da corrente que crê sempre haver uma solução para todos os problemas, por mais complicados que sejam.

A minha geração nasceu independente. Não lutamos nas matas contra o jugo colonial português. Nascemos livres. Sonhamos com uma Guiné-Bissau desenvolvida, em Paz e onde todos sejamos felizes.

Os males são fruto da nossa teimosia em temer ser felizes. Em acordar, olhar ao espelho e dizer que não gosto do que vejo e não dos que vejo.

Um povo, com uma história de resistência e vitórias como a nossa, não pode deixar que a sua auto-estima seja chutada e maltratada por todos.

Nós somos um povo heroico, somos uma nação de filhos brilhantes. Ofende, dói, quando lançamos a primeira pedra contra a PÁTRIA.

Porque que não podemos gostar do que somos?

Eu procuro manter-me o mais informado sobre o país. Leio todos os blogues, jornais e oiço todas as rádios. O denominador comum de alguns, lamentavelmente, ainda é o pessimismo.

Contribuímos para que a mensagem nos caracterize como golpistas, traficantes de droga, incompetentes, corruptos e analfabetos. Permitimos que o desrespeito pela nossa história aconteça diariamente.

Até quando?

Não sou hipócrita nem ingénuo. A realidade me aflige, o presente não é uma fotografia bonita. Sofro como todos os meus conterrâneos, pelos erros que a nossa jovem Guiné-Bissau vai cometendo.

Quem sou eu para defender o atual estado de coisas. Coisas que aliás são bem nossas, como diria o saudoso poeta Jorge Ampa.

Não há mal que perdure....

Vamos fazer o extraordinário, vamos falar bem da Guiné-Bissau por um dia que calhe.

Digamos ao tuga, inglês, chinês, americano, ao mundo que o nosso país é lindo. Tem rios e mar de fartura, verde de esperança, o sorriso das suas crianças, a bravura dos seus homens e a beleza estonteante das suas mulheres.

O nosso caldo de tchebem é maravilhoso, o nosso kriol e poético, o nosso gumbe é hipnotizante.

O país de Amílcar Cabral, é um orgulho de África. Ajudamos a libertar Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe.

Contribuímos para o derrube da Ditadura em Portugal. Apesar de tudo isso não subestimamos nem odiamos ninguém.

O povo Guineense é digno.


Kharan Dabo

GAZETA DE NOTÍCIAS

sábado, 19 de janeiro de 2013

AMILCAR CABRAL: O SONHO



Os sonhos de Amílcar Cabral de uma Guiné-Bissau independente, democrática e desenvolvida estão por cumprir, 40 anos após a morte do herói do país, de acordo com analistas. Para uns o país falhou, para outros foi Amílcar quem falhou.
Amílcar Lopes Cabral, que nasceu na Guiné-Bissau e passou parte da sua vida em Cabo Verde, foi o fundador do movimento de luta pela independência das então duas colónias portuguesas e morreu a 20 de janeiro de 1973, na Guiné-Conacri, prevalecendo a tese de que terão sido os próprios companheiros de luta os autores.
Quarenta anos depois, a Lusa perguntou a três dos mais conhecidos analistas políticos da Guiné-Bissau quais os sonhos do principal herói do país que estavam por cumprir.
? "Este país não tem nada a ver com aquilo que Amílcar Cabral sonhou. Há uma coisa importante que ele sonhou e está feito: preparou tudo até à véspera da consumação das independências e foi assassinado. Este é um mérito histórico, indiscutível e eterno. Daí para a frente falhámos tudo", diz Fernando Delfim da Silva.


Outro analista, Rui Landim, está de acordo. O grande sonho de Cabral, aquilo pelo que lutou, existe hoje: um espaço político e demográfico chamado República da Guiné-Bissau, independente e onde os próprios guineenses dirigem o seu destino. Os outros sonhos não.
Mas Fafali Koudawo nem com isso concorda. "Só se concretizou o içar da bandeira. É difícil dizer que se concretizou a independência. Se atentarmos à definição que Amílcar Cabral deu de independência a Guiné-Bissau está longe de ter uma independência".
O analista explica que Amílcar Cabral tinha como definição de independência o facto de o homem africano ter a liberdade de escolher o seu próprio destino, de andar pelos seus pés no caminho que escolheu. "Será que a Guiné-Bissau está a andar pelos seus pés num caminho escolhido? Duvido!".
Independência à parte, diz Delfim da Silva que nestes 40 anos o país falhou o desenvolvimento económico e político. "Politicamente fracassámos, com instabilidade crónica e permanente, e falhámos no plano económico, porque a pobreza aumentou em vez de reduzir", diz, para concluir: "este não pode ser o país de Amílcar Cabral".
Amílcar Cabral dizia em 1969 que a independência queria dizer melhores condições de vida, mais quadros e escolas, com instituições que respeitassem os cidadãos. "Ele dizia que quem não entende isto não entende nada. Este aspeto hoje está longe de se realizar", afirma Rui Landim, acrescentando: "falhámos no que ele mais insistia, nos recursos humanos, no homem novo".
Rui Landim diz que é preciso para a Guiné-Bissau "descobrir o homem novo que Amílcar Cabral sonhou" e que não surgiu depois de 20 de janeiro de 1973. "Como não se conseguiu substituir o Estado colonial por um Estado democrático no qual os governados fossem os detentores da soberania".
"Pelo que conhecemos de Amílcar Cabral, se fosse vivo diria: eu falhei!", diz.
Palavras idênticas para Fafali: "o maior vazio que deixou o desaparecimento de Amílcar Cabral foi o da liderança. Não se encontrou uma liderança à altura do desafio da construção do Estado da Guiné-Bissau", e nos últimos 40 anos o país teve dirigentes e depois chefes, mas nunca um líder.
Por isso, conclui o analista, a Guiné-Bissau, como um barco, evoluiu pelo impulso que já tinha mas andou cada vez mais devagar. "Neste momento o barco parou, mas ainda bem, porque não há melhor momento para constatar que estamos parados do que quando já não há movimento", diz.
O país vive hoje um "momento crítico", em que toda a gente quer de novo aglutinar-se em torno de um sonho. Pelo que pensa Fafali Koudawo estará por isso melhor quando se assinalarem os 50 anos da morte de Amílcar Cabral.
Será possível sim, diz Delfim da Silva, mas desde que os guineenses "tenham juízo". "Não temos juízo, fazemos as coisas sem pensar e saem torto", lamenta, acrescentando que é preciso recomeçar e que, se houver juízo, em 10 anos podem ser cumprido os sonhos de Amílcar.
"Posso não acreditar nas pessoas mas acredito na Guiné-Bissau", responde Rui Landim, acrescentando que é possível encontrar um líder e fazer o país que Amílcar sonhou, um país de quadros, de consenso e um centro de produção de conhecimentos.
Diz Fafali que é essencial que o país volte a sonhar. E que assim, quando se fizer o balanço do meio século da morte de Amílcar Cabral, talvez o barco tenha recomeçado a andar.

LUSA

RAMOS HORTA, VAI VENCER A BATALHA CONTRA O TEMPO?








No fim do mês de Janeiro corrente, o Senhor José Ramos Horta vai iniciar o exercício das suas actividades como Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na República da Guiné-Bissau. Apesar da minha profunda convicção, de que anima-o a intenção de trabalhar em prol da paz e da estabilidade, e que esse sentimento é sincero, permita-me dizer que não acredito que vai conseguir vencer a luta contra o tempo num xadrez complicado em que o tabuleiro é multicolorido e difícil de arrumar.

A minha dúvida não quer dizer que subestimo a vossa capacidade. Mas, o problema do nosso país, deixou simplesmente de ser um problema político ou de instabilidade passando a ser um problema do tempo. O nosso tempo é escasso, está quase parado. Tenho a impressão que a minha Pátria amada, perdeu a noção do tempo, perdeu o sentido dos ponteiros do relógio; o calendário com as datas, tornou-se num instrumento obsoleto, que não interessa à ninguém.

O país esta completamente estático; as greves sucessivas, que abalam todos os sectores… O ano letivo encurta-se a cada ano… Os salários magros não chegam para suportar as despesas até ao final do mês… As campanhas comerciais da castanha de caju, e outras frutas tropicais, sempre andam em atraso... Tudo isso, são factores de instabilidade, que geram guerras, miséria, e, frustração a vários níveis porque a perca do tempo cria empobrecimento, que, por sua vez engendra fatores de bloqueio.

Ora, o bloqueio do tempo é um perigo nefasto para as gerações futuras. A minha geração vive hoje no desespero, preso entre o futuro e o passado, uma vez que nós desconhecemos o presente. As gerações vindouras após a minha, viverão na frustração, sem saber, se um dia serão capazes de sanear, todos os males que vão herdar dos mais velhos. E, quando começarem a ceifar os males do tempo deles, então nós estaremos fora do tempo.

O tempo é necessário para avaliar as perdas, as vitórias. Mas, não podemos somente calcular as duas hipóteses devemos, sobretudo, calcular a quantidade do tempo perdido a tentar conquistar uma vitória, os meios despendidos, humanos e financeiros.

A teoria do cálculo do tempo, no caso da Guiné-Bissau, é sumamente difícil, mas não impossível de todo. Aproveito para vos felicitar em aceitar o desafio de representar o Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, quer dizer, chefiar o Bureau do UNIOGBIS (Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da paz na Guiné-Bissau). Pra refrescar a memória coletiva, vou referir o tempo que esta missão das Nações Unidas já gastou na Guiné-Bissau. Foram 14 anos. A representação especial foi criada a 6 de Abril de 1999, pela resolução 1233 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Quantos representantes já ocuparam esse posto? Samuel Nana-sinkam, camaronês – 1999-2002; David Stephen, inglês – 2002-2004; João Bernardo Honwana, moçambicano – 2004-2006; Shola Omoregie, nigeriano – 2006-2008; Joseph Mutaboba, ruandês – 2009-2012.

O que é que esses diplomatas trouxeram à Guiné-Bissau durante a sua missão? A resposta é simples: NADA.

Os seus antecessores, Senhor Ramos Horta, perderam tempo. Aliás, fizeram mau uso do tempo… Alguns chegaram mesmo a serem considerados persona non grata… Isso significa que não tiveram tempo de sair pela porta grande, foram jogados fora do terreno do jogo - tempo perdido.

Ontem UNOGBIS, hoje UNIOGBIS, não deu NADA. Ao longo dos tempos esta organização produziu relatórios, comunicados, workshops… Os seus antecessores, na opinião de muita gente, escolheram sempre a divisão em vez de se pautarem pela união dos guineenses. Evidentemente, eles pensaram na questão do tempo mas a seu favor, na perspectiva de que quanto mais instabilidade houver na Guiné-Bissau, mais dinheiro se pode ganhar dado que, uma vez que a missão é de alto risco, então o prémio do risco, obviamente, tem que ser chorudo.

O tempo é muito bem calculado em favor da riqueza pessoal de cada pessoa que trabalha nesta organização. A missão que é essencialmente de promover o diálogo para a paz, virou-se na missão de promover o dialogo para guerra, instabilidade, esquecendo-se que quando uma casa queima, o tempo deve ser usado criteriosamente, com sinceridade e responsabilidade. A Guiné-Bissau é uma casa que esta queimando.

Sr. Ramos Horta, nos tempos que correm hoje em dia, a questão do diálogo é muito sensível. Ao longo de anos, primeiramente UNOGBIS mais tarde UNIOGBIS, usaram e abusaram desse termo sem, no entanto, fazer bom uso dele. O diálogo supõe essencialmente a consolidação da fraternidade a busca de entendimento entre irmãos, exigindo-se uma abertura e aceitação das divergências. Mas ela deve assentar-se na justiça, na procura daquilo que há de comum entre as partes em presença.

Imagino que cada ser humano desejaria, nascer num país onde o soberano é o povo. É verdade que ninguém escolhe o seu local de nascimento. Sou Guineense, vou sê-lo até ao último minuto da minha existência com muito orgulho. Sinto-me revoltado contra mim mesmo, contra o meu povo, mas não contra, os que fazem sofrer o meu povo. Esta minha atitude pode parecer absurda, mas é verdadeira. Porque é que devo revoltar-me contra as pessoas, que não significam nada aos meus olhos? Admirei e admiro até hoje, os nossos antigos e verdadeiros combatentes da liberdade da pátria. Esses camaradas, sabiam valorizar o tempo, souberam respeitar o tempo. Ofereceram-nos o tempo de conhecer o que é o bem-estar, conhecer o valor dos tempos da liberdade apesar de tudo o que vivemos hoje.

O único elemento, que vive no seu tempo é o povo. Os homens passam, as instituições desaparecem, mas o povo resta, o povo é intacto, o povo governa o tempo porque ele é pura e simplesmente soberano. Mesmo sendo prisioneiro da vontade de um grupo sem escrúpulos, o povo é um vencedor nato, o tempo sempre joga a favor do povo.

Será que Senhor Ramos Horta vai ser capaz de vencer a batalha do tempo? Em que equipa conta jogar? Das regras burocráticas das Nações unidas ou da realidade do nosso povo? O senhor é um ex-combatente, um homem sério, que combateu em nome do seu povo. A liberdade não significa nada sem que o povo viva em paz e estabilidade. E estas duas premissas não se limitam somente no silêncio das armas. Mas estende-se à múltiplas esferas: boa governação, boa educação para todos, sector de saúde eficaz, valorização dos recursos humanos, valorização do trabalho... Em resumo, que cada família do nosso país conheça o bem-estar social, económico e político.

Porém, continuo, a não acreditar apenas na vossa boa vontade, até prova em contrário. O Senhor, para provar o contrário, será capaz de usar o tempo de uma maneira útil? Usar o tempo no presente sem se preocupar se o futuro o degradará. A essência do tempo é servir para preparar o futuro próspero.

No seu caso, o futuro próximo que poderá prometer-nos, passa, conforme defende muita gente, pela aceitação da “convenção do divórcio” que a Guiné-Bissau tanto sonha rubricar com UNIOGBIS que é um factor de bloqueio… Enquanto existir, o nome do nosso país figurará na lista dos chamados “países de alto risco”. Em resumo um país a evitar. Esse status quo leva a que os doadores, os investidores, assim como os turistas, prefiram outro país em vez da Guiné-Bissau. Inversamente, os narcotraficantes, os malfeitores, os corruptos vão escolher o nosso país, como é o caso hoje em dia, para manifestarem a sua exuberância e liberdade de movimentos.


Sr. Ramos Horta boa sorte.

 


Adulai Indjai
Gazeta de Notícias

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

JUVENTUDE GUINEENSE



Uma delegação da juventude guineense já está em Lisboa, para participar na 7ª assembleia-geral do fórum da juventude da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP).

Num comunicado, o Conselho Nacional da Juventude informa que a Guiné Bissau é a única candidata para a liderança desse fórum, durante o qual novos órgãos serão eleitos para mandatos de três anos.

À margem do fórum, a delegação da juventude guineense participará na conferência de jovens da CPLP, de 15 a 30 deste mês em Lisboa.

Integram a delegação do Conselho Nacional da Juventude o seu presidente, vice-presidente e sua responsável pelas relações exteriores, enquanto a Rede Nacional das Associações Juvenis se fez representar pelo seu presidente e um representante do Centro Multifuncional da Juventude.

VOLUNTÁRIADO

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sábado, 12 de janeiro de 2013

ATÉ AMANHÃ, CAMARADA MALAM BACAI SANHÁ

Aqui vos deixo uma pequena reflexão, após um ano da sua morte, Camarada Malam Bacai Sanha, ex- Chefe de Estado da República da Guiné-Bissau, que sublinho a sua passagem terrena como sinal de  reconhecimento do Povo Guineense, na dor, na saudade que ficou, que continuará nos nossos corações e até sempre.


Malam Bacai Sanhá | Foto Arquivo

Não há sobretudo de madeira que lhe sirva Sr. Presidente Malam Bacai Sanhá, não há caixão sequer que guarde para sempre a sua grandeza. Esteve entre nós, ainda continua nos nossos corações, onde permanece imortal, no pensamento Guineense e não só, o de todos os que lutam pela Paz, Justiça e Fraternidade definitivas no espírito da nossa Guinendade, implantadas na relação humana, na Guiné-Bissau.
Esta esmagadora maioria de Guineenses predispostos a lutar até à vitória final, existe, mas uma vitória com carácter e dignidade merecida, honrando os sacrifícios e conquistas do Povo Guineense na luta de Libertação até à sua Independência da ocupação colonial Portuguesa no Território Nacional.
Faz sentido esta resistência em nossos estados de espírito, porque quem viu ontem o seu exercício de Magistratura no País, hoje compreendeu que afinal a sua mestria politica e social pela causa do desenvolvimento e cidadania, teve o mérito de um verdadeiro Combatente da Liberdade da Pátria de Amílcar Cabral no leme da Nação, conduzindo com agilidade e sapiência, num rio difícil, entre rochedos, monstros marinhos e outros sinais indescritíveis no meio do pessoal da embarcação (políticos).
Foi preciso muita coragem sua, até fingindo não ver, o que era evidente para um cego, tendo em conta o principio de que a inteligência não descora o seu sentido de oportunidade, compreendemos o seu tabu na altura, a sua calma, e foi crucial para um líder capacitado no seu papel, por isto mesmo, as “cobras” que trazia calcadas debaixo do tapete, permaneceram imobilizadas, mas que logo após a sua morte acordaram de um sono induzido durante o tempo do seu mandado. Teve o mérito de evitar problemas maiores como golpe de Estado ou os últimos acontecimentos no País (p.ex:).
“…e hoje ninguém sabe o real porquê dos acontecimentos de Abril de 2012, temos apenas várias versões e para todos os gostos, sabemos nós que V. Excia. deixou muita falta e muita saudade, que Deus lhe dê eterno descanso, Paz à sua alma e até amanhã Camarada Combatente da Liberdade da Pátria, MALAM SANHA!”.
Quando desapareceu o seu “peso” por cima das cobras e lagartos, cedo vieram à superfície para cometer grandes desvios da norma, pondo em causa os primeiros passos que se prevêem num desenvolvimento sustentado. Conseguiram parar o comboio gigante, e hoje ninguém sabe o real porquê dos acontecimentos de Abril de 2012, temos apenas várias versões e para todos os gostos, sabemos nós que V. Excia. deixou muita falta e muita saudade, que Deus lhe dê eterno descanso, Paz à sua alma e até amanhã Camarada Combatente da Liberdade da Pátria, MALAM SANHA!.
Diz o ditado: “patrão fora, dia santo na loja”, infelizmente foi pior do que se podia imaginar esta realidade que se seguiu após a sua morte, esta maldição que teve uma evolução galopante para pior, em todos os aspectos (o facto dos homens não se entenderem), instalou-se uma guerra pelo poder, i.. é, por um pedaço de “carne” onde todos ralham, mas ninguém tem razão, como é sabido.
Assistimos a tudo do menos bom que alguns Guineenses fizeram e ainda continuam a fazer. São intolerantes, agressivos, obcecados e egocêntricos, quase sempre os mesmos centrados no seu umbigo, sem olhar para o ambiente circundante, o quero posso e mando impede o convívio de ideias diferentes, um confronto de interesses pessoais e colectivos em desigualdade de circunstâncias impera, é a razão que tem vindo a impedir que se instale um bom clima de diálogo, uma GUINENDADE POSSITIVA na nossa terra.
Perdemos várias oportunidades com capacidade para funcionarmos todos juntos e em tempo recorde na resolução dos problemas do País. Retrocedemos para um ritmo a passo de caracol, pior do que isso hoje, com alguns “derrotados” que se viram obrigados a permanecerem fora ou dentro do País, inactivos, estes não se conformam (e terão as suas razões), preparam-se para a “desforra”, ninguém dá o braço a torcer, há gente que só sabe fazer uma única coisa, “estar no poder”, são muitos e estão dos dois lados.
Uma vez despedidos, apenas rezam a todos os santos (djambakússys e murrúz) para o seu retorno o mais rápido possível, enfim, coisas nossas e que todos sabem do que falo.
“…Na verdade só há um caminho a partilhar, é o caminho da Paz, temos de aprender a ser tolerantes, sobretudo nestas condições especiais que está a Guiné-Bissau hoje, é uma situação difícil por natureza, com misturas complexas (bons/maus) de “inimigos de interesses” no mesmo barco, mas, é possível uma mudança pela positiva, pois só se confiarmos num pensamento colectivo envolvente e dinâmico, de unidade política nos aspectos cruciais do desenvolvimento e, para arrumarmos a Casa”.
Os bons e os maus “querem” a Paz, mas que fazer? Até parece brincadeira de putos, quem brinca com o fogo queima-se ou é profissional de circo. Na verdade só há um caminho a partilhar, é o caminho da Paz, temos de aprender a ser tolerantes, sobretudo nestas condições especiais que está a Guiné-Bissau hoje, é uma situação difícil por natureza, com misturas complexas (bons/maus) de “inimigos de interesses” no mesmo barco, mas, é possível uma mudança pela positiva, pois só se confiarmos num pensamento colectivo envolvente e dinâmico, de unidade política nos aspectos cruciais do desenvolvimento e, para arrumarmos a Casa.
É absolutamente indispensável para haver Paz na terra neste momento, estes homens desavindos estarão a caminho da racionalização dos conflitos com este passo, para isso, só há um caminho ou condição, e essa condição é sem dúvida (acredite se quiser), o amor ao próximo, a racionalização da emoção inerente aos problemas materiais e de gestão do pessoal na liderança de Estado, uma opção que deve ser por meritocracia sem complexos de natureza ideológica e partidária.
É preciso compreendermos isto, entre Guineenses, os mesmos que hoje querem a Paz, alguns pensam poder erguer este troféu, incendiando estados de espírito com o clima de abuso de direito, cometido contra o cidadão comum e não só, as torturas e perseguições, crimes de sangue, violações dos mais elementares princípios de igualdade de direito e de liberdade, nas sociedades ditas modernas e progressistas no mundo. É hora de acreditar que, já basta, batemos no fundo, para “puxar” o País, há que deitarmos por baixo deste limite colados ao chão, para levantarmos com todas as forças, a união faz a força, e só assim, só assim sem dúvida, teremos a nossa Pátria Amada de volta!

  

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Falarmos de Paz com espírito de “guerreiros-loucos” com armas nas mãos ou a mentira na ponta da língua, é no mínimo um teatro básico e de mente capto. Vamos então pôr a mão na consciência e responder com frontalidade, se isto for possível aqui, talvez, desde que admitamos um erro, seja ele qual for, reconheçamos os nossos fracassos, e “juremos a pé juntos” evitar os erros do passado, será, penso que só assim surgirá a clarividência necessária para a redescoberta de um novo rumo, libertos do obscurantismo, da ignorância e do subdesenvolvimento.
Não há tranquilidade, alegria do Povo, auto-confiança, liberdade de afectos, espiritualidade livre e criativa, se não existir Paz social, com estas clivagens deixará de existir liberdade espontânea na esmagadora maioria de Guineenses, porque há medo, inibição e perda de identidade intra-pessoal e de liberdade no meio sociocultural.
Queremos liberdade e responsabilidade controlados pela Justiça num Estado de Direito, queremos afinal sobreviver com dignidade, por cima do chão que guarda as provas da nossa primeira cicatriz, onde o rosto da Guiné-Bissau é o nosso umbigo, no lugar onde viemos ao mundo como Deus determinou, na Guiné-Bissau, onde somos uma prova viva do ter e ser, Guineense!
Temos absoluta necessidade de encontrar a dimensão da Alma Guineense, o espírito de unidade e de luta comum, o espírito de Paz, para praticarmos a verdadeira Paz do Povo e para o Povo, sem excepção, baseados num equilíbrio que justiçam aspectos da materialidade das descriminações existentes no País, sendo que queremos um Estado de Direito, e ponto final paragrafo, só.
Muitos falam da boca para fora pronunciando a palavra Paz, mas tudo o que querem é continuar a exploração do homem pelo homem, continuar a cometer abuso de direito, acharem-se superiores à lei ou andarem fugidos da justiça, usando coletes à prova de justiça, impenetrável por qualquer decisão dos tribunais, alguns destes “diabos” que se afirmam filhos de Deus, e o são de facto, mas infelizmente os há malditos, digo Eu.
Por isso, como só temos um único mundo (para maus e bons filhos), logo o ponto número um é, sermos tolerantes, sem deixar de condenar os culpados, mas, a seguir apoiá-los na sua recuperação e reinserção na comunidade.
Paz não tem preço, nunca está em saldo, não se compra, não se empresta, não é uma máscara, não se cola com cuspo, não é vento que passa sem objectivo ou destino, não é do vizinho mafioso, não é do “patrão” que paga para haver corrupção no País, não se prostitui, não pactua com chulo, não coabita com o ódio, a vingança, o rancor, as máfias e crimes de sangue, a Paz só existe no amor camaradas.
PAZ com três letrinhas apenas, são três passos no pensamento activo nesta luta, a Paz connosco próprios, com os outros e com a natureza circundante, resumem em gostar de si, gostar dos outros e do bem comum, que é de todos. São as três bases principais para partirmos para um clima de Paz duradoira na Guiné-Bissau.
É de salientar que este perfil atrás citado, já é da natureza comportamental do Guineense puro e duro (ser amigo do seu amigo, e tolerante). Quando está em falta e excepcionalmente no sistema politico perpetrado desde a independência nacional, acontece que por deturpação de princípios, apresentamos comportamento de crime, deixando por isso antever e paradoxalmente, que há uma possibilidade de se evitar os erros, se formos capazes de melhorar a nossa capacidade de selecção adequada, de acordo com as nossas necessidades, então vamos tentar, é simplesmente na mudança que está o ganho, mudança de atitude, de mentalidade e de postura exploratório do bem comum de todos os Guineenses, respeitar religiosamente o Povo e o Território Nacional, será fácil conseguirmos tudo isto se realmente queremos a Paz.
“…Descobrindo a pessoa certa para o lugar certo é meio caminho andado. Teremos então condição para avançar para a Paz verdadeira, transparente, justa e harmoniosa, arrastando toda a prata da casa, em busca desta energia que emana da justiça social, dando garantias do direito, exercício da cidadania dos Guineenses e não só, porque sem ela não haverá unidade nacional”.
Malam Bacai Sanhá | Foto Arquivo





Descobrindo a pessoa certa para o lugar certo é meio caminho andado. Teremos então condição para avançar para a Paz verdadeira, transparente, justa e harmoniosa, arrastando toda a prata da casa, em busca desta energia que emana da justiça social, dando garantias do direito, exercício da cidadania dos Guineenses e não só, porque sem ela não haverá unidade nacional.
Paz individual e unidade nacional começam no interior da pessoa/grupo, não é apenas uma mudança de cosmética/exterior, o nosso interior é naturalmente determinante, daí a nossa dificuldade maior. Entre os líderes não há esta equivalência compreensiva exigida neste momento para haver Paz, porque nesta fronteira reside muito ódio, inveja e vingança latente, há vontade explícita (boca para fora) que é politicamente correcto, no entanto sem o equivalente espiritual positivo não pode haver Paz, disto tinha a certeza absoluta o nosso falecido Presidente Malam Sanha, sabia com o que podia contar nesta matéria. Reside neste beco sem saída fácil, o verdadeiro problema do impasse político a que chegou o Estado da Guiné-Bissau no que concerne a Paz, unidade e desenvolvimento do País.

Djarama. (OBRIGADO)

Por: Filomeno Pina  
 
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"BÓ PARA DJA"

“Com total impunidade, uma empresa chinesa percorre sistematicamente as matas na periferia e no Parque Nacional de Cantanhez, abatendo indiscriminadamente espécies florestais, algumas delas raras, para as exportar sob a forma de toros, o que também é ilegal.” Esta foi uma das acusações lançadas pela Organização Não-governamental guineense, Acção para o Desenvolvimento (AD).

A exploração florestal por parte dessa suposta empresa chinesa é vista como “absolutamente escandaloso” pela AD e requer uma solidariedade, porque aquela zona “corre o risco de ser destruída, se não houver uma oposição nacional e internacional que impeça esta selvajaria”.

A nota da AD indica de que a população de Colbuiá, no sector de Quebo já tomou a sua iniciativa, mas perante “a indiferença e desinteresse dos serviços florestais [locais], levantou-se em pé de guerra contra este atentado e roubo dos seus recursos ambientais”.

Entre outras acções levadas a cabo pela população local figuram-se a apreensão e a arrecadação da madeira cortada, indica a mesma nota. Com esta atitude, sublinha a AD, “a população revoltada opõe-se a este escândalo, impedindo os chineses de prosseguirem este crime ambiental”. Enquanto isto, adianta a AD, uma boa parte da madeira apreendida continua espalhada nas matas de Colbuiá.

A zona do Parque Nacional de Cantanhez é uma area ambiental protegida.

AFINAL FOI OU NÃO UMA INTENTONA?? O QUE SE PASSOU AFINAL??? E O CAPITÃO P.N'TCHAMA????

«POVU TEN KU IXIGI BARDADI» - VEJA AQUI O CASO PANSAU E MUITO MAIS.

domingo, 6 de janeiro de 2013

VEJAM SÓ...

1- Sumário

Em virtude de um caso de manifesto abuso de autoridade por parte do actual Ministro da Presidencia do Conselho de Ministro, Sr. Fernando Vaz, os familiares da vitima assistidos pela Liga Guineense dos Direitos Humanos, realizaram uma Conferencia de imprensa para informar a opinião pública nacional e internacional sobre o assunto. Trata-se da detenção ilegal de um menor de 17 anos, Evilson Armando Gomes Cά, desde o dia 28 de Dezembro de 2012, acusado de ter sido responsavel pelo roubo de 20 milhões de FCFA que terá ocorrido nesse mesmo dia na residencia do referido Ministro.

A conferencia de imprensa que teve lugar na sede da Liga Guineense dos Direitos Humanos, no dia 5 de Janeiro de 2013 pelas 14 horas, serviu como um dos ultimos recursos ao alcance dos familiares após inumeras tentativas junto das autoridades competentes para obter a libertação da vitima, durante a qual, fizeram uso da palavra dois membros da Familia da vitima e o Presidente da Direcção Regional da LGDH do Sector Autonomo de Bissau.


2- Conteúdo da conferencia

Segundo os familiares, a criança começou a viver com o Sr Fernando Vaz quando este pediu ao tio que queria uma pessoa para cuidar da sua casa. Os familiares pela natureza responsavel e idonea do menor, o tio decidiu apontar este como a pessoa indicada para o efeito.

Entretanto, a relacção foi-se deteriorando devido ao pessimo comportamento do referido Ministro, ao ponto de se incompatibilizar com a criança e expulsou-o da sua casa sem minima satisfação a familia, tal como teria espulsado outro menor que com ele vivia. Uma semana depois, os guardas pessoais do Ministro foram deter o menor, tendo-lhe sido acusado de ter roubado 20 milhões dos 43 milhões FCFA que o Sr Fernando Vaz, Ministro da Presidencia do Conselho de Ministros e Porta voz do Governo transicao  tinha no seu cofre privado, na sua residencia, no bairro de Chão de Papel que estava a ser vigiada por 4  agentes da Guarda Nacional.

O Ministro nao ausente no paίs na altura, mandou deter de imediato o menor no dia 28 de Dezembro de 2012, até ao dia 30 data na qual foi libertado por inexistencia da metéria de acusação ou seja de uma queixa formal. Por conseguinte, de regresso ao país no dia 2 de Janeiro de 2013, o Ministro Fernando Vaz, mandou de novo deter o menor de 17 anos até a data presente sem que seja presente as autoridades judiciais.

Na sequência da detenção, os familiares encetaram contactos junto das autoridades competentes, Comissario da Policia de Ordem Publica, incluindo o actor da acusação e detenção Sr Fernando Vaz com vista a libertação do menor, por via directa e através da Liga e do Centro de Acesso a justiҫa, mas sem sucesso. Portanto, frustradas todas as tentativas e esforços empreendidos, os familiares apelam as autoridades judiciarias para assumir o processo e trazer a luz do dia a verdade dos factos.

Finalmente, a LGDH através da sua Direcção Regional do SAB, apelou as autoridades para observar escrupulosamente os procedimentos legais, em particular os principios do processo devido, nomeadamente os da presunção de inocência, respeito pelas regras minimas de tratamento criminal de um menor e prazo para a detenção que segundo o art. 40 da Constituição da República e 183 do Codigo do Processo Penal não pode exceder a 48 horas sem que o suspeito seja apresentado junto do juiz de instruҫӑo criminal.


Ditadura do Consenso

 

NÃO PRETENDO AQUI PÔR EM CAUSA OS ARGUMENTOS DAS PARTES..

MAS SIM OS GUINEENSES TÊM QUE PARAR E QUESTIONAR: 

- QUAL É A ORIGEM DE TODO AQUELE DINHEIRO ?

- PORQUÊ QUE O MINISTRO GUARDOU TODO AQUELE DINHEIRO( NO TOTAL 43.000.000FCFA), EM CASA???

- E AGORA, QUEM VAI PEDIR SATISFAÇÃO AO SR.MINISTRO? 

PELO AMOR DE DEUS DÃO AO POVO O QUE É DELE... 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PRESIDENTE DA CNE APRESENTA DEMISSÕA



O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Rui Nené, empossado no cargo há menos de um mês, apresentou hoje (sexta-feira) a sua demissão ao presidente do parlamento,Ibraima Sori Djaló, disse à Lusa fonte parlamentar.

Rui Nené tomou posse a 13 de Dezembro, apesar da polémica suscitada por um conjunto de pequenos partidos que questionavam a nomeação do também juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para o cargo e depositaram na mesma instância um pedido de impugnação da eleição para o cargo de presidente da CNE.

Para o grupo, constituído por partidos que apoiam o Governo de transição, formado na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril, a eleição de Rui Nené, decidida no parlamento, "não obedeceu aos critérios plasmados no pacto de transição nem ao acordo politico que regem o período de transição", em curso na Guiné-Bissau.

O presidente da CNE disse na altura que pediu a suspensão de mandato enquanto juiz conselheiro do STJ e consequentemente não iria ocupar o cargo de vice-presidente do órgão para o qual foi eleito pelos seus pares, no mesmo dia em que foi indigitado presidente da Comissão Eleitoral.

"A crítica em democracia é normal, desde que seja bem fundamentada", observou então Rui Nené, que substituíra Desejado Lima da Costa, falecido recentemente em Portugal, vítima de doença.

No dia da posse, o presidente do Parlamento, Ibraima Sory Djaló afirmou, por seu lado, que a eleição de Rui Nené para presidente da CNE "obedeceu aos critérios legais" e que este iria substituir Lima da Costa e "prosseguir com o excelente trabalho" desenvolvido pelo defunto presidente do organismo eleitoral. 

ANGOLA PRESS

APERTAR DO CERCO



O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, apelou ontem, quinta-feira, à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a outras instituições internacionais para se juntarem aos esforços das organizações regionais africanas na estabilização do país.
Dirigindo-se aos membros do Governo de transição durante uma sessão de apresentação de cumprimentos de Ano Novo, Serifo Nhamadjo disse que a CPLP, as Nações Unidas, a União Europeia e outros parceiros do país deveriam juntar-se aos esforços da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) no processo de transição em curso na Guiné-Bissau.
“Mais uma vez, apelo às Nações Unidas, à União Europeia, à CPLP e aos restantes parceiros para que se juntem aos esforços da CEDEAO e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), no apoio à nossa transição”, afirmou Nhamadjo.
Depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, a CPLP, as Nações Unidas, a União Europeia e a União Africana deixaram de prestar apoio às novas autoridades da Guiné-Bissau por não as reconhecerem.

“Os guineenses devem reflectir sobre o porquê de a Guiné-Bissau, desde 2005, nunca ter conseguido terminar um mandato legislativo, nem presidencial.
“Façamos uma análise profunda, que cada um de nós pergunte a si mesmo o que fez para contribuir para a resolução dos problemas do país”, exortou o chefe de Estado de transição.
Serifo Nhamadjo disse esperar que a Assembleia Nacional Popular (o parlamento guineense) seja um lugar de concertação entre os partidos sem deixar de lado a sociedade civil, factor que, afirmou, “é um imperativo para o sucesso da transição”.
Em relação ao desempenho do Governo de transição, Nhamadjo destacou “os esforços que tem vindo a empreender”, nomeadamente pagando os salários aos funcionários públicos “apenas com as receitas internas”, mas ainda assim disse que seria mau se no final do seu mandato não conseguisse realizar eleições gerais.
“Não se pode pedir tudo a um Governo de curta duração que não dispõe de tempo suficiente para aplicar reformas, sobretudo na política fiscal, mas toda acção deste Governo ficaria ensombrada se chegar ao fim do seu mandato e conseguir realizar eleições gerais nos termos e nas condições previstas no Pacto e no Acordo de Transição”, sublinhou o Presidente guineense.
O Pacto e o Acordo Politico de Transição são dois instrumentos que regem legalmente o período de transição e foram instituídos pela maioria de partidos do país, com os militares e algumas organizações da sociedade civil na altura do golpe de Estado de 12 de Abril.
O Presidente guineense de transição recebeu também ontemcumprimentos de Ano Novo das chefias militares e do poder judicial.

 

POIS É, VAMOS TER QUE FAZER ISSO( dar "o braço à torcer) VEZES...


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

DOMINGOS SIMÕES PERREIRA



No dia 24 de dezembro, Domingos Simões Pereira, candidato à liderança do PAIGC, foi ao Estado-Maior General das Forças Armadas para, a seu pedido, ter uma audiência com o CEMGFA António Indjai. Na comitiva, estavam Camilo Simões Pereira (irmão de DSP e ministro da Saúde no governo de Carlos Gomes jr.), Filomeno (funcionário da APGB e membro da sociedade civil), Rui (administrador de S. Domingos, militante do PAIGC que transitou do PRS), Queba Banjai (administrador da ElectroSolar de Gabú) e Abu, funcionário das Obras Públicas.

Depois de António Indjai ouvir DSP, veio o troco: "Você esteve muito tempo fora da Guiné-Bissau e agora voltou para se candidatar para líder do PAIGC", disse o CEMGFA. De seguida, e de um só fôlego, Indjai rematou: "Isto [as eleições] é como um campeonato. Se ganhares, tudo bem e se perderes há que saber encaixar." Mas o CEMGFA não ficou por ali. "Uma coisa é certa - continuou - os militares nada têm que ver com o acto eleitoral de qualquer partido político". E assim acabou a audiência. Uma audiência amarga, diga-se. António Indjai desmarcou-se...

IN DITADURA DO CONSENSO

POVO DA GUINÉ, HOMENS COMO DOMINGOS S. PERREIRA SÃO PRECISO PARA UMA GUINÉ MELHOR...O FACTO DE ESTAR FORA POR MUITO TEMPO NÃO DESVALORIZA, PELO CONTRÁRIO, PODE ACRESCENTAR A MAIS VALIA.

DOMINGOS S. PERREIRA, NÃO DESISTA, A GUINÉ PRECISA DE HOMENS COMPETENTES. 

RAMOS HORTA E A CHEGADA A BISSAU

"Arranco para a Guiné-Bissau, provavelmente no dia 09 de fevereiro", afirmou o ex-Presidente timorense e Prémio Nobel da Paz em conferência de imprensa, na sua residência em Díli.
José Ramos-Horta, que viaja hoje para Portugal para participar nos eventos relacionados com o 40º aniversário do semanário Expresso, seguirá de Lisboa para Nova Iorque para uma semana de trabalho.
"De Lisboa, seguirei para Nova Iorque para uma semana de trabalho, de consultas, de briefing, sobre o mandato que acabo de receber do secretário-geral da ONU (Ban Ki-Moon) com luz verde do Conselho de Segurança", afirmou.
De Nova Iorque, José Ramos-Horta vai participar ainda no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça, e em conferências na Alemanha e França.
"Regresso a Timor no dia 29 de janeiro para fazer os últimos preparativos de natureza prática, algumas despedidas e, finalmente, arranco para a Guiné-Bissau", disse.
José Ramos-Horta foi nomeado segunda-feira representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, substituindo no cargo o ruandês Joseph Mutaboba, cujo mandato terminou a 31 de dezembro, na liderança Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz naquele país (UNIOGBIS).
A Guiné-Bissau, país da África Ocidental e antiga colónia portuguesa, tem vivido momentos de instabilidade cíclicos, o último dos quais em abril de 2012.
A 12 de abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente de transição.
A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em abril do próximo ano.

Liga dos Direitos Humanos saúda escolha de Ramos Horta para representar ONU na Guiné-Bissau




O Nobel da Paz esteve na Guiné-Bissau em várias crises políticas o que o torna uma figura apreciadora da realidade política e social guineense.
Foi uma escolha feliz do Secretário-geral da ONU. É assim que a Liga Guineense dos Direitos Humanos, uma notável e reputada voz da sociedade guineense, qualificou a escolha de Ramos Horta para dirigir o escritório das Nações Unidas na Guiné-Bissau, em substituição do Ruandês Joseph Mutaboba.
A figura de Ramos Horta pode não corresponder a vontade de algumas correntes das actuais autoridades de transição.

Enfim, na entrevista a Voz de América, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, acredita que o aparente incidente de comunicação entre as autoridades militares e o Nobel de Paz, aquando do golpe de Estado de 12 de Abril, estaria longe de um reflexo pessimista entre Horta o poder de Transição.
O Presidente da Liga, Luís Vaz Martins, reagiu a nomeação de Ramos Horta para o cargo do Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

2013: Ano particularmente difícil para a Guiné-Bissau, dizem os Analistas.



A agenda que se prevê para 2013 vai uma vez mais colocar o país à prova.O ano que agora começa reserva à Guiné-Bissau uma agenda bem pesada: eleições gerais conforme a carta de transição política e a reforma nas forças armadas assumidas pela CEDEAO.


A agenda que se prevê para 2013 vai uma vez mais colocar o país à prova tal como referiu à VOA, João de Barros, o conceituado editor do jornal “O Expresso”. Segundo aquele jornalista guineense, o ano de 2013 vai ser um ano particularmente difícil visto que é um ano dependente da agenda de 2012.
Em consequência do golpe de estado de 12 de Abril, disse o nosso interlocutor, foram interrompidas as eleições presidenciais , acrescentando que é uma agenda que está nas Nações Unidas mas que é também uma agenda interna e todos esses factores que geraram a realidade que se sucedeu ao golpe ficam por ser resolvidos no ano que entra.

“Estou convencido, disse João de Barros, que 2013 será o ano da clarificação política e militar”. 

VOA

O POVO DA GUINÉ AGRADECE...CERTAMENTE.





um grupo de 17 voluntários mineiros embarcou no início de Janeiro rumo à Guiné-Bissau. O voo com destino à costa ocidental da África está marcado para as 23h55 de hoje. Os missionários – homens e mulheres entre 20 e 40 anos – estão abrindo mão da família e das férias de janeiro para levar tratamento odontológico, carinho e esperança para centenas de crianças. Serão 20 dias, com previsão de 60 atendimentos diários, em pontos críticos da região, a cinco horas de canoa do Arquipélago dos Bijagós. 

 

OBRIGADO GENTE...DO FUNDO DO CORAÇÃO O POVO AGRADECE