quarta-feira, 7 de novembro de 2012

PARTIDA: MILITARES / DEMOCRACIA




O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o coronel Daba Na Walna, disse que o melhor para o período de transição em curso no país era "se calhar, dissolver o parlamento".
"Com este parlamento, que não funciona devido às clivagens entre os principais partidos que lá estão, não iremos a lado algum neste período de transição. Para facilitar a transição talvez o melhor seria que se dissolvesse o parlamento", disse o militar, na segunda-feira à noite, num debate semanal radiofónico."Os dois principais partidos, PAIGC e PRS, não se entendem e o Parlamento não funciona, mas temos urgências e compromissos durante este período de transição, talvez um dia se chegue ao entendimento que o melhor seria a dissolução", acrescentou Daba Na Walna, principal rosto e voz militar durante o golpe de Estado de 12 de Abril passado.
Devido às desavenças sobretudo sobre a liderança do parlamento, o PAIGC tem-se recusado a participar nos trabalhos do hemiciclo. Os dois principais partidos já se reuniram algumas vezes, mas até agora ainda não chegaram a consenso.
O porta-voz do Estado-Maior defendeu que o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, devia dissolver o parlamento e criar um órgão consensual "que pudesse facilitar a transição".
Daba Na Walna disse que os militares deram esta sugestão a Serifo Nhamadjo na reunião que este promoveu na semana passada com os dois partidos, na qual não houve entendimento mais uma vez.
O actual mandato do parlamento guineense deveria terminar no dia 22, de acordo com a Constituição. No entanto o Pacto de Transição assinado em Maio passado prorrogou o mandato até à posse de novos deputados.

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